Frentista denuncia abuso de autoridade contra três PMs

Comando do 3º RPMon abriu inquérito policial militar para apurar denúncias

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O comandante do 3º RPMon, tenente-coronel, Antônio Carlos Cruz, já determinou a abertura de inquérito policial militar para apurar uma denúncia de abuso de autoridade que teria sido praticada por três policiais militares, contra o frentista de um posto de combustíveis, na quinta-feira à noite.  O rapaz, de 26 anos, prestou depoimento no final da tarde de ontem, na 1ª Delegacia de Polícia e alegou ter sido agredido e ameaçado pelos policiais.

Com lesões nos braços, nas costas, na boca e na região do abdômen, o rapaz contou que o fato teria iniciado por volta das 18h20, quando uma mulher, a qual afirma desconhecer, chegou no posto e passou a agredi-lo verbalmente. “Ela disse que estava lá a mando da minha ex-namorada. Faz mais de um ano que terminamos e ela não me deixa em paz. Pedi para conversarmos fora de meu local de trabalho, mas ela não parava de falar na frente dos clientes” contou. De acordo com o frentista, ela se apresentou como sendo esposa de um policial militar, “ e  disse que, logo em seguida, ele viria até o posto tirar satisfações”.

Ainda conforme o jovem, por volta das 20h, uma viatura da Brigada Militar, com três PMs, chegou no estabelecimento. “Eles se aproximaram perguntando quem era fulano, mencionando meu nome. Quando respondi que era eu disseram que tinham uma ocorrência de ameaça para registrar contra mim. Sem entender o motivo, entreguei minha carteira de habilitação para o registro e continuei atendendo. Depois, me aproximei e disse que gostaria de registrar uma ocorrência contra a mulher” revela. Nesse momento, o rapaz teria sido agredido pelos policiais que o derrubaram, deram voz de prisão e o algemaram. Segundo ele, diversas testemunhas presenciaram o fato, inclusive, teriam chamado outra viatura na tentativa de conter o trio, mas quando a guarnição chegou, eles já haviam seguido com o frentista para o hospital. Toda a ação no posto foi registrada pelo sistema de câmera do estabelecimento.

No trajeto até o hospital, o jovem denunciou mais agressão. “Um deles colocou a mão sobre minha boca e deu vários socos e tapas na cabeça. Também fui ameaçado caso revelasse o fato. Fui tratado como cachorro” desabafou.  Conduzido até a Delegacia de Pronto Atendimento, teve de aguardar até por volta da 1h30, até ser  liberado, mediante a presença de um advogado.  Na ocorrência registrada pela mulher, ela afirma ter ido até o posto, acompanhada da ex-namorada dele, buscar um computador que estaria em poder do frentista. Durante a conversa, teria sido agredida verbalmente e ameaçada. No mesmo Boletim de Ocorrência, os PMs alegam agressão verbal e física.     

Inquérito policial

Ainda na quinta-feira, o comandante do 3º RPMon, coronel Antônio Carlos Cruz tomou conhecimento do fato e na manhã de ontem, determinou abertura do inquérito policial. “Vamos ouvir as partes e dar todo encaminhamento necessário. Assim que o processo estiver concluído, será remetido à justiça militar” afirma. Cruz não quis comentar o teor das ocorrências. O caso será investigado pela 2ª Delegacia de Polícia.

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