O inquérito referente ao assassinato do segurança do Bailão Avenida, Lourenço de Souza Lima, 46 anos, e da tentativa de homicídio contra o colega dele, Marcelo Gonçalves Parnoff, 25 anos, será conduzido pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), em razão do envolvimento de um menor, de 17 anos. Segundo testemunhas, o crime ocorreu por volta de 0h30, de segunda-feira, quando o menor e um homem, de 31 anos, tentaram entrar gratuitamente no estabelecimento. Impedidos pelos seguranças, iniciaram uma discussão. Após, compraram ingressos, mas foram barrados. Eles deixaram o local e retornaram momentos depois tripulando uma moto. Segundo a polícia, o homem foi até a bilheteria e disparou cinco vezes, contra Lourenço de Souza Lima, 46 anos, que morreu no local. Parnoff, que estava nas proximidades, recebeu três tiros, e foi levado para o Hospital São Vicente de Paulo, sendo liberado no dia seguinte.
Uma patrulha da Brigada Militar, que passava pelo local, viu a dupla fugir em uma moto e iniciou a perseguição. Na fuga, o caroneiro, disparou contra a viatura. Os PMs revidaram e atingiram de raspão a orelha do menor, que perdeu o controle da moto. Em poder do caroneiro, foi apreendida uma pistola calibre 9 milímetros. Ele havia deixado o Presídio Regional, através de uma autorização da Vara de Execuções Criminais, e deveria retornar no feriado da terça-feira. Ambos foram autuados em flagrante por homicídio e dupla tentativa de homicídio. O sistema de imagens da casa noturna registrou o assassinato do porteiro. No momento do crime, havia cerca de 50 clientes no interior do prédio. Eles saíram pela emergência, sem tumulto. Lourenço trabalhava havia mais de 20 anos na casa noturna. Ele deixou a esposa e seis filhos.