Fim do livro ponto no presídio

Direção instala dois leitores biométricos para controlar saída dos detentos

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A direção do Presídio Regional de Passo Fundo substituiu ontem, o tradicional livro ponto, utilizado para o registro de entrada e saída de detentos do regime semiaberto, por um sistema mais eficiente e ágil. A partir de agora, todo o controle será feito automaticamente por um leitor biométrico, ligado à rede estadual da Susepe.  Através de um leve toque do polegar no aparelho, o agente terá na tela do computador todos os dados cadastrais do preso, incluindo horário de entrada, saída, endereço do local de trabalho, e  fotografia para auxiliar na conferência    A instalação  dos dois aparelhos foi feita por técnicos do Departamento de Informática da Susepe. Além do albergue, o sistema está disponível na entrada principal do Presídio para controlar a movimentação de familiares nos horários de visita. No sistema antigo, a verificação era feita através de fichas confrontadas com dados de uma carteira do visitante.

A identificação de cada pessoa levava em média três minutos. Com o leitor biométrico, todos os dados do familiar e do respectivo preso serão acessados instantaneamente.
Somente no albergue, são aproximadamente 240 detentos. Desses, pelo menos 220 deixam o presídio diariamente pela parte da manhã e retornam à noite. O preenchimento dos horários e assinatura no livro ponto, frequentemente provocavam a formação de filas. Além da demora, o sistema também permitia fraudes. Há cerca de 10 dias, uma investigação da Delegacia Especializada em Furtos, Roubos, Entorpecentes e Capturas – Defrec -, comprovou que sete presos estavam pagando propina de R$ 100 a R$ 200, a dois agentes, para terem a entrada no albergue registrada no livro, enquanto permaneciam nas ruas praticando assaltos. Batizada de Operação Intra Muros, o trabalho iniciou em junho do ano passado e resultou na prisão de sete pessoas. Dois envolvidos permanecem foragidos.

O diretor do presídio, Carlos Jovencio Dornelles de Oliveira, disse que a instalação do novo sistema não tem relação com o esquema descoberto pela Polícia Civil.  “Estamos trabalhando nesse projeto desde março do ano passado, realmente foi uma coincidência. Inclusive, já havíamos adquirido outros equipamentos, faltava apenas a compra dos leitores” afirmou. Além dos dois leitores, a direção adquiriu duas webcam, para atualização dos cadastros de detentos e visitantes. A compra do equipamento custou aproximadamente R$ 60 mil.

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