Um morador do Bairro Santa Marta flagrou e denunciou na noite de quinta-feira um crime ambiental. Um homem que dirigia um caminhão jogou cerca de 250 quilos de carne de frango estragada no Arroio Pinheirinho. O Batalhão Ambiental da Brigada Militar e a Secretaria de Meio Ambiente de Passo Fundo (Smam) atenderam a ocorrência e fizeram o recolhimento de todo o material que será encaminhado para incineração. De acordo com o secretário de Meio Ambiente Glauco Polita o proprietário do caminhão e a empresa de origem das aves já haviam sido identificados ainda na manhã de sexta-feira.
De acordo com a denúncia, no final da tarde de quinta-feira o caminhão com a carga teria entrado em uma propriedade rural para tentar se desfazer da carne de frango. Surpreendido pelo proprietário da área ele se deslocou até a ponte do Arroio Pinheirinho, que fica nos fundos da Santa Marta, onde jogou os sacos com a carne. Um morador das proximidades anotou a placa do caminhão, o que possibilitou que o proprietário fosse identificado. Além disso, as aves estavam embaladas e foi possível identificar o número do lote que possibilitará identificar a origem.
O secretário da Smam destaca que os lotes não estavam vencidos. No entanto, algum problema no sistema de refrigeração durante o transporte ou na armazenagem podem ter feito com que a carne estragasse. Na região também não há registro de furto de carga desse tipo. “É uma prática indevida e crime ambiental. Não que vá contaminar tão significativamente o rio, mas o mau cheiro e a possibilidade de pessoas carentes que moram nas proximidades consumirem essa carne poderiam ter causado um problema de saúde”, observa. Após levantar os dados necessários o processo será encaminhado ao Ministério Público.
A identificação da empresa também possibilitará ao Batalhão Ambiental e a Smam a verificarem se ela possui outras irregularidades. “Não é praxe, mas muitas vezes as empresas que não fazem corretamente essa destinação têm outras irregularidades”, observa. A multa a ser aplicada aos envolvidos no caso será calculada após uma criteriosa avaliação da situação. “Tudo foi removido e não houve dano aparente, mas temos que coibir a prática para que isso não volte a acontecer”, destaca Polita. O material recolhido foi encaminhado para um frigorífico que fará a separação e a incineração.
Notícia atualizada às 23:16