A agência dos correios de Passo Fundo interceptou na manhã desta segunda-feira (7), mais um pacote com animais exóticos enviados da Europa. Através do equipamento de Raio-X, funcionários constataram a presença de seres vivos na encomenda. Acionado, o Ibama verificou a presença de 14 aranhas de diferentes tamanhos e espécies, quatro delas já estavam mortas. O pacote havia sido despachado dia 16 de abril, da cidade espanhola de Gijon, e tinha como destino, o mesmo endereço de uma encomenda apreendida há 17 dias, enviada da Alemanha, contendo oito escorpiões da espécie Imperador, e quatro aranhas.
Na apreensão de segunda-feira (7), os animais estavam dentro de uma caixa plástica com papel umedecido. Na tampa, as descrições da espécie e sexo. As pequenas embalagens foram acondicionadas em uma caixa maior de isopor. Na embalagem do pacote, o conteúdo foi descrito como sendo miniaturas de plástico. O destinatário, cujo endereço fica no bairro Petrópolis, não foi localizado. Coordenador da Base Avançada do Ibama em Passo Fundo, Flabeano Castro, suspeita de que os animais haviam sido encomendados pela mesma pessoa identificada na apreensão anterior. “O destinatário identificado na caixa mudou-se para São Paulo ainda no mês de dezembro, portanto, é possível que esse vizinho tenha feito os pedidos no nome dele para não se envolver. Como essa segunda encomenda foi despachada antes de apreendermos a primeira remessa, ele não teve como cancelá-la” explica.
Na primeira apreensão, realizada dia 19 de abril, o suspeito, de 27 anos, se apresentou como o responsável pelo recebimento do pacote. Quando o funcionário do Ibama se identificou, o jovem disse que não sabia qual era o conteúdo da embalagem e negou envolvimento. Mesmo assim, foi autuado. Segundo testemunhas, há cerca de três dias ele não é visto em casa. De acordo com Castro, o Ibama vai localizar o destinatário para ouvir a versão dele sobre os fatos. “Caso comprove que não tem envolvimento nenhum, o rapaz poderá ser responsabilizado por mais essa encomenda.
O Ibama fez o auto de apreensão e vai encaminhar o caso para o Ministério Público. A introdução de espécie exótica no país, sem autorização do órgão ambiental é considerada crime. A pena prevista é de três meses a um ano de detenção, além do pagamento de multa de R$ 2 mil, mais R$ 200 por cada indivíduo. Os animais serão encaminhados hoje para o Centro de Triagem de Animais Silvestres do Ibama, em Porto Alegre, para identificação correta da espécie e sexo dos animais. O órgão acredita que os animais tenham sido comprados através da internet com a finalidade de procriar e posteriormente serem comercializados. “Quando há grupos com machos e fêmeas, como esse, fica caracterizado a intenção de criá-los como animais domésticos. Algumas espécies de caranguejeiras não são venenosas” afirma Castro.
Apreendido pacote com aranhas enviadas da Espanha
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