O problema do esgoto cloacal do Presídio Regional de Passo Fundo parece, finalmente, próximo de uma solução definitiva. Desde 2010 a rede de esgoto da casa prisional vinha causando problemas tanto para os apenados e servidores da penitenciária quanto para os moradores das residências mais próximas.
A diretoria do presídio recebeu uma notificação da Secretaria do Meio Ambiente do município em relação ao mau cheiro gerado pelo esgoto que saía da penitenciária. O encanamento original, da época da construção da penitenciária acabou se rompendo por não conseguir dar vazão ao que era produzido e desde então os problemas começaram a ser relatados.
De acordo com o diretor do Presídio Regional de Passo Fundo, Carlos Jovêncio Dorneles de Oliveira, em um primeiro momento foi feito um trabalho paliativo na questão do esgoto da penitenciária, porém, agora, a solução parece definitiva ou pelo menos bastante duradoura. “Nossa intenção é fazer uma obra que não nos cause mais transtornos. Com a capacidade da rede esgoto projetada para um número muito menor de apenados, era certo que em algum momento isto iria estourar”, explicou.
Há cerca de 15 dias, 17 detentos começaram a trabalhar nas obras de construção de fossas sépticas que já estão recebendo os dejetos produzidos na penitenciária. O material foi conseguido através da comunidade, de empresários e da Corsan. “Todo o esgoto da Galeria B será canalizado para as fossas sépticas e o problema será resolvido. O esgoto será tratado aqui dentro mesmo e as fossas serão esgotadas e os dejetos terão o destino certo”, disse o diretor do presídio.
Todo o trabalho foi executado com mão de obra prisional e a obra teve a orientação de um engenheiro da Coordenadoria Regional de Obras do Estado. “Na segunda-feira (7), os presos começaram a trabalhar nas obras do pátio de visitas. Na terça-feira (8) estava pronto. Eles vêm trabalhando bastante e são apenados já ligados à conservação e obras, ou seja, são presos acostumados à atividade laboral e a cada três dias trabalhados eles reduzem em um a pena a cumprir. Alguns, inclusive já eram pedreiros anteriormente, então já tinha familiaridade com o assunto”, afirmou o diretor.
Ainda de acordo com Jovêncio, a solução do problema do esgoto da penitenciária atinge não só os apenados e os servidores, mas também os moradores próximos ao presídio. “Nossa ideia aqui no presídio é a de que nós fazemos parte do bairro e não queremos criar problemas. Este bairro é praticamente uma cidade. Se o nosso esgoto é um problema vamos correr atrás e resolver”, destacou.