Força tarefa elucida homicídio da Vila Luiza

Motivo do crime seria vingança pela morte do irmão dos acusados em 2003

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O homicídio ocorrido no último sábado (9), na Rua Benedito Acauã na Vila Luiza, foi elucidado pela força tarefa de combate aos homicídios em Passo Fundo. Após a tomada dos depoimentos, a delegada titular da 1ª Delegacia de Polícia, Daniela de Oliveira Mineto, deverá indiciar dois irmãos, um de 19 e outro de 21 anos, conhecidos como “Gato”  e “Bode” como os responsáveis pela morte de Valderi Moacir Nunes, de 34 anos, conhecido como “Kreka”.

De acordo com a delegada, a motivação do assassinato seria uma rixa antiga entre as famílias, que teve início em 19 de junho de 2003, quando Vagner dos Santos Xavier, irmão dos acusados, foi baleado na Rua Sete de Agosto após sair de uma casa noturna e morreu à caminho do Hospital São Vicente de Paulo. À época do crime, Vagner tinha 20 anos.

Um homem que na época do crime era menor de idade, conhecido como “Chapa”, assumiu a autoria do assassinato de Vagner. No inquérito, o nome de Kreka não é citado, mas os irmãos sempre acreditaram na participação dele na morte homicídio.

Conforme o depoimento dos acusados, que se apresentaram à polícia, um dos irmãos vinha sendo ameaçado por Kreka e comprou a arma que portava no dia do crime. Ainda segundo o depoimento, quando encontraram-se com a vítima, os dois estavam se dirigindo à casa de um outro irmão, cada um em uma motocicleta e que Valderi, que também estava em uma motocicleta teria feito menção de cortar-lhes a frente e sacado o revólver. Neste momento ocorreram os disparos. A vítima, que tinha antecedentes criminais por porte ilegal de arma, posse de drogas e roubo de veículos foi atingida por cinco tiros de revólver calibre 38, todos pelas costas e morreu no local. Além dos acusados, familiares e testemunhas também prestaram depoimento na 1ª DP durante a tarde de segunda-feira (11). 

O irmão mais velho contou no depoimento que apenas ouviu os disparos, não chegou a ver o irmão efetuar os tiros. Ele contou também que durante o fato caiu da motocicleta e que não conseguiu mais fazê-la pear, deixando o veículo na casa de um primo.

A delegada contesta a versão dos acusados. “Na verdade a vítima tentou fugir e foi perseguida, além de ter recebido os tiros pelas costas, com exceção de um que acertou no braço”, afirmou. Ainda segundo a delegada, os acusados não terão pedido de prisão preventiva por terem se apresentado voluntariamente, não possuírem antecedentes criminais e  possuírem também residência fixa.

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