O Presídio Regional de Passo Fundo teve duas tentativas de fuga durante a segunda-feira (11). A primeira ocorreu durante a madrugada, quando um preso de 22 anos tentou fugir serrando a grade da cela. Ele conseguiu acessar o pátio interno e subir no telhado da casa prisional, onde foi detido por agentes.
O alarme foi acionado quando um dos agentes percebeu a tentativa de fuga do apenado. Ao mesmo tempo, os outros presos iniciaram um pequeno tumulto, logo contido pelos agentes.
De acordo com o delegado regional da Susepe, José Marlei Frighetto, o sistema de videomonitoramento e a chegada de novos agentes contribuíram de forma decisiva no impedimento das duas fugas, e mesmo assim, a possibilidade de o detento conseguir transpor os obstáculos até o lado de fora era muito pequena. “Ele teria que pular uma cerca de arame farpado e outro muro. Não teria condições de sair, até porque ele foi flagrado assim que acessou o telhado. A guarda externa já saiu em perseguição a ele”, disse. O preso foi encaminhado o hospital para exame de lesões corporais e recolhido ao presídio novamente.
Também conforme Frighetto, a movimentação dos detentos durante a tentativa de fuga é algo muito comum dentro dos presídios e em nenhum momento houve risco de rebelião. “Isto acontece muito quando eles “perdem”, eles perderam para a guarda. Quando ocorre uma fuga eles fazem isto com o objetivo de desviar a atenção da guarda para que o preso consiga sair. Eles bateram nas portas e nas grades, mas desta vez eles perderam, eu diria, para a sociedade. É uma forma de demonstrar o descontentamento pela derrota”, explicou.
Por volta das 13h, outro detento tentou fugir do presídio durante o banho de sol, porém também foi capturado pelos agentes. Ele tentou subir no telhado e foi interceptado. Segundo Frighetto, o sistema de videomonitoramento utilizado no presídio é uma ferramenta muito eficiente para conter este tipo de situação. “A equipe do Presídio Regional de Passo Fundo está de parabéns. Depois da instalação do videomonitoramento e um incremento por parte do Departamento de Execuções Penais da Susepe que destinou mais três servidores diaristas. Ainda não temos a equipe ideal em quantidade, mas está muito melhor do que trabalhar com quatro ou cinco agentes por turno. Hoje trabalhamos com 11 ou 12 agentes por dia, o que nos permite um trabalho melhor de segurança, mais efetivo, e somado ao monitoramento por vídeo melhora muito o nosso trabalho”, afirmou.