Justiça condena casal pela morte de professor universitário

Mário José Paluch foi assassinado em 2008 na residência em que morava

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A justiça condenou, em primeira instância, Leonardo de Moura, 25 anos, e Mariele Portela,28, a uma pena de 23 anos, pelo crime de latrocínio (roubo seguido de morte), praticado contra o professor universitário Mário José Paluch. O argentino, que  lecionava no curso de  engenharia, da UPF,  foi brutalmente assassinado,  dentro de sua residência, no condomínio Morada Além do Horizonte. A sentença foi decretada dia 2 de julho, pelo juiz  da 1ª Vara Criminal de Passo Fundo, Maurício Ramires.  Por se tratar de crime hediondo, não foi levado a júri popular. A defesa dos acusados já recorreu da decisão. Ambos aguardam em liberdade.

O crime que chocou os passo-fundenses, principalmente alunos e colegas da vítima, aconteceu em 17 de março de 2008. Paluch, 49 anos,  foi encontrado morto  ao lado de sua cama. Ele estava amarrado e tinha vários ferimentos de faca pelo corpo. A polícia localizou o carro dele  abandonado às margens da RS 324, a poucos metros do local de acesso ao condomínio onde morava. Natural de Corrientes, ele vivia no Brasil desde o início dos anos 90.

Investigações realizadas pela 1º Delegacia de Polícia apontaram o casal como os principais suspeitos. Os dois acabaram confessando a autoria do crime. Em suas versões, detalhadas durante a reconstituição, o desentendimento teria ocorrido  no lago em frente à residência do professor.  Depois de recusar o convite para ir até a casa de Paluch, o jovem disse que o professor passou a mão em seu pescoço, dando início à discussão. Na sequencia, teria sido agredido com um soco, então correu atrás de Paluch e já o encontrou no interior da casa  armado com a faca. Durante a briga, os dois entraram no quarto, onde o rapaz teria desarmado o professor e desferido os golpes. Após, fugiu com o carro da vítima e o abandonou na rodovia.

Baseado nas provas técnicas obtidas durante as investigações, a justiça apontou diversas contradições nos depoimentos de ambos. Uma delas,  é o fato de o professor ter dificuldade  de  caminhar, em razão de problemas físicos nas pernas, o que impossibilitaria a  reação descrita pelos acusados. As marcas de sangue encontradas na janela da casa pela perícia,  desmentem a versão de que eles teriam entrado e saído pela porta. Para a justiça, depois de dominar o professor, a dupla o esfaqueou, o amarrou,  e por fim, desferiu o golpe fatal contra a nuca de Paluch.     As investigações confirmaram o roubo do celular da vítima. A quebra de sigilo telefônico,  comprovou cinco ligações no dia seguinte ao crime. Uma delas para um amigo do casal. A informação sobre o roubo de um aparelho de som e de um  DVD não foi comprovada.

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