Agentes da Delegacia de Polícia de Carazinho continuam as buscas ao homem acusado de matar mãe e filha durante a noite de terça-feira (24) e a madrugada de quarta-feira (25). Lúcia Adelaide Feldman, de 42 anos e a filha dela Flávia Feldman, de 20 anos foram mortas a facadas e degoladas. A casa onde as vítimas residiam, na Rua Romeu Alle Salomão, no bairro Alegre, foi incendiada pelo autor dos crimes.
O principal suspeito do crime é o ex companheiro de Flávia. O corpo de Lúcia foi encontrado na casa por vizinhos que foram até lá para tentar resgatar as vítimas do incêndio. Já Flávia foi encontrada morta em uma lavoura próxima a um campus universitário.
De acordo com o delegado titular da DP de Carazinho, Danilo Dal Zot Flores, Flávia e o acusado tinham um relacionamento conturbado desde o ano de 2009. “Ele tinha um histórico de violência, tanto que a vítima fez alguns registros na delegacia solicitando medidas protetivas, porém, como na maioria dos casos, ela acabou não dando prosseguimento ao processo”, disse.
Ainda segundo o delegado, Lúcia também havia registrado uma ocorrência contra o companheiro da filha, que por sua vez também registrou uma contra a ex sogra. Desde fevereiro deste ano, quando Flávia solicitou novamente as medidas protetivas, não há mais registros de agressões entre o casal, mas de desobediência em que o acusado se aproximou da vítima, em março.
A princípio, a polícia trabalha com a hipótese de que o acusado tenha conseguido tirar Flávia de casa durante a noite de terça-feira, a matado, e retornado à residência para buscar o filho do casal, de dois anos, e, que quando retornou, ele tenha entrado em conflito com Lúcia, o que provocou o assassinato. “Estamos trabalhando com esta possibilidade, já que ainda não temos uma versão contada por ele, mas já sabemos que o incêndio foi, de fato, criminoso. De acordo com o médico legista, quando encontramos o corpo da vítima na lavoura, ela já estaria morta há pelo menos 12 horas e o corpo foi encontrado por volta das 10h”, esclareceu o delegado.
A motocicleta utilizada pelo criminoso, que foi visto por testemunhas deixando o local do crime carregando a criança, foi deixada na casa do avô dele e foi apreendida. Até o fechamento desta edição o suspeito não havia sido localizado.