A força tarefa de combate aos homicídios, coordenada pela delegada Daniela de Oliveira Mineto concluiu as investigações sobre o assassinato de Rodrigo Assonalio, de 28 anos, morto a tiros em uma lan house na Rua Áurea de Oliveira no bairro Victor Issler.
Através dos depoimentos colhidos durante as investigações, os policiais chegaram até dois irmãos que tinham uma rixa antiga com a vítima, que teria em outra oportunidade, ferido outro irmão dos acusados com um tiro na perna.
De acordo com a delegada, os policiais já tinham a informação do envolvimento dos irmãos no crime, porém, não haviam sido os autores dos disparos. “As testemunhas viram o autor dos disparos, mas não reconheceram os irmãos como a pessoa que entrou no local e atirou, nem como morador das proximidades”, disse.
Quando os dois irmãos foram convocados a prestar depoimento eles se utilizaram do direito de não se pronunciar sobre o crime. “Eles não nos indicaram nada que pudesse identificar o autor dos disparos. Fizemos uma intensa investigação, especialmente na última semana e conseguimos chegar ao autor dos disparos, inclusive com o reconhecimento das testemunhas”, afirmou a delegada.
O acusado, de 20 anos, confessou o crime na última sexta-feira (27). Segundo o depoimento, ele não conhecia a vítima e cometeu o crime insuflado por um desafio proposto pelos irmãos. “Ele era amigo desses irmãos desde o tempo em que trabalhava como segurança em uma boate. Os três haviam ingerido bebida alcoólica e os irmãos forneceram a ele um revólver calibre 32 e então os irmãos o levaram até a lan house, desceu do carro, realizou os disparos, descarregando o revólver e foi levado novamente de carro pelos irmãos até a Avenida Brasil, onde se separaram”, explicou a delegada.
De acordo com a delegada, até a conclusão da investigação a polícia trabalhou com várias possibilidades na tentativa de resolver o crime. “Foi uma caminhada grande. Primeiro fomos informados de que o autor era morador da Vila Jardim. Depois tivemos um indicativo de que ele era um taxista, depois outras informações de que os irmãos haviam procurado por armas no bairro”, esclareceu.
Os três serão autuados por homicídio qualificado, sendo que os irmãos responderão como coautores do crime. Eles deverão responder ao processo, a princípio, em liberdade. O acusado tem antecedentes criminais por furto e, de fato, já havia trabalhado como taxista. Se condenados, os três podem cumprir uma pena que varia de 12 a 30 anos de prisão.