A greve dos agentes da Polícia Federal no País deve continuar, a princípio até a metade da próxima semana. Em assembleias realizadas nos Estados, a categoria rejeitou unanimemente a proposta apresentada pelo Governo Federal. A paralisação da categoria começou na última terça-feira (7).
Desde o início da greve estão sendo atendidos apenas casos de emissão de passaportes de urgência e nos portos, aeroportos e fronteiras os policiais estão atuando em regime de operação padrão.
As reivindicações dos agentes são de estruturação de um plano de carreira, aumento salarial e contratação de mais servidores. Após a avaliação do movimento de greve realizada pela Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), a categoria decidiu manter a greve pelo menos até a próxima quarta-feira (15), para quando está marcada uma reunião entre os representantes dos policiais e o Ministério da Justiça.
Na quarta-feira (8), a Comissão de Reestruturação Salarial da Federação Nacional dos Policiais Federais, esteve reunida com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, em Brasília. Também participaram da reunião representantes sindicais de outras categorias do Departamento de Polícia Federal. Um texto contendo as reivindicações da categoria foi entregue ao ministro e seria apreciado pela presidente Dilma Roussef.
De acordo com o representante em Passo Fundo do Sindicato dos Policiais Federais do Rio Grande do Sul (Sinpef-RS), Flávio Ramos, no município os agentes permanecem paralisados, apenas atendendo ocorrências de flagrantes e a emissão de passaportes de emergência. “Normalmente, em Passo Fundo são feitos em média 15 passaportes por dia. Nestes últimos três dias foram emitidos apenas três. Informamos que as pessoas que têm agendamento para os próximos dias que, caso não comprovem a necessidade de urgência na emissão do passaporte não terão o documento confeccionado”, explicou.