A Revolução Constitucionalista

82 anos de história(s)

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Gerson Urguim/ON e Redação ON

Em 1932, o 3° RPMon se viu envolvido em no primeiro momento importante da História do Brasil com a Revolução Constitucionalista, que eclodiu em São Paulo, liderada pelo general Isidoro Dias Lopes,. Em julho daquele ano, o regimento foi enviado até o sudeste do País para combater junto às tropas que se opunham ao governo provisório de Getúlio Vargas que não havia promulgado uma Constituição conforme o previsto quando assumira o governo.
Apesar da importância do deslocamento das tropas até o local do combate, a população à época não obteve informações mais relevantes quanto ao objetivo da partida dos servidores do 3° RPMon.

Um dia após a deflagração da Revolução, o contingente recebeu a ordem de embarcar para o conflito, porém, os combatentes já haviam embarcado três dias antes. A partida das tropas deixou a população sem informações precisas sobre o destino dos combatentes. A única certeza, conforme o Jornal O Nacional de 7 de julho de 1932 era a de que “a força destina-se a Marcelino Ramos”, que foi, de fato a rota percorrida pelo trem que levou as tropas para o combate, deixando uma série de dúvidas e boatos pairando sobre a cidade. Apesar do grande contingente enviado à São Paulo, um destacamento foi designado para ficar na cidade e realizar o trabalho de policiamento.

Ao chegar em território paulista, as tropas do 3° RPMon, que até então era denominado  tiveram participação destacada na cidade de Itararé, então considerada a guarnição mais combativa dos revolucionários. Dois dias após o entrincheiramento as tropas do 3° RPMon finalmente entraram na cidade paulista. Outros combates se seguiram até que, em 12 de outubro de 1932, os combatentes retornaram a Passo Fundo.

Filhos dos combatentes também seguiram carreira militar

De acordo com o capitão da reserva Elmary Souza Silva, de 73 anos, apesar dos bons resultados nas batalhas, o 3° RPMon também teve baixas no conflito. “Foram muitas baixas e também alguns atos heróicos. Um soldado, chamado Nicanor derrubou um avião de combate a tiros de fuzil. Depois disso ele foi promovido a cabo”, disse. O pai do capitão Elmary serviu como combatente do 3° RPMon durante a Revolução Constitucionalista.

Segundo o tenente José Ubirajara da Silva, também filho de um combatente na Revolução, haviam combatentes que serviam no front como sentinela perdida, que ficavam a meio caminho entre os dois exércitos, para que pudesse comunicar aos seus de que o inimigo se aproximava. “Meu pai teve esta função. A possibilidade de ser morto é muito grande. A participação do 3° RPMon na Revolução Constitucionalista conferiu ao Regimento um estandarte de guerra. No Estado, apenas outros dois regimentos possuem esta graduação”, explicou.  Os pais dos oficiais chegaram a Passo Fundo vindos de Alegrete e serviram no 3° Regimento de Cavalaria, como era chamado, desde a sua instalação na cidade. 

Na próxima reportagem da série sobre os 82 anos de história do 3° RPMon você acompanhará a construção novo quartel da unidade em 1954.

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