Acusado de atear fogo em jovem é ouvido

Durante depoimento ele afirmou que o incêndio em residência na Vila Donária foi represália por tentativa de homicídio

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O homem de 26 anos acusado de atear fogo a uma residência na Rua Setembrino Luis Vieira na Vila Donária, prestou depoimento durante a tarde de quarta-feira (31) na 1ª Delegacia de Polícia.

Ele foi responsável por causar queimaduras graves em Renan Nunes, de 20 anos. A vítima, que tem problemas mentais, está internada no setor de emergência do Hospital São Vicente de Paulo e teve queimaduras em 90% do corpo, sendo socorrido por uma viatura da Brigada Militar.

O motivo do crime teria sido uma tentativa de homicídio sofrida pelo primo do acusado durante a noite de segunda-feira (29). O autor dos disparos teria sido um familiar da vítima do incêndio. O acusado então em represália foi até a residência em questão, e, segundo Loreci dos Santos Nunes, mãe da vítima, que estava na casa no momento do incêndio, com outras três filhas, o autor do incêndio tentou entrar pela porta da cozinha. Como não conseguiu, quebrou o vidro da janela do quarto e entrou na casa.

Renan dormia em um colchão na cozinha quando o incêndio começou. Ele foi molhado com gasolina. De acordo com Loreci, o autor do incêndio usou pedras contra o vidro da janela para entrar na casa. “Ele imaginou que as meninas estivessem no quarto. Os colchões também foram queimados. Ouvi os gritos dele dizendo que iria colocar fogo em todos. Tive de jogar as crianças para fora pela janela”, contou. A geladeira e o fogão também foram danificados pelo fogo.

Durante a tarde de quarta-feira ainda era possível ver as marcas do fogo nas paredes e portas da residência. Loreci e vizinhos limpavam a casa, que havia sido preservada para a realização da perícia. “Ele disse que iria colocar fogo nas outras casas, mais para baixo. Eles estavam em uns quatro, mas só um entrou na casa. Peguei uma mangueira pequena e juntei alguns baldes de água e as crianças choravam. Foi horrível”, disse.

No depoimento, o acusado disse percebeu a presença de alguém dormindo no chão da cozinha, mas que não foi possível identificar quem era e mesmo assim continuou com a intenção de atear fogo na residência. Ele afirmou também que o ato foi uma vingança pela tentativa de homicídio contra o primo e também pelas constantes ameaças feitas pelo autor dos disparos. O acusado poderá ser indiciado por tentativa de homicídio e incêndio criminoso.

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