Crime praticado há 12 anos será julgado

Sete acusados respondem pela morte de funcionário da prefeitura de Constantina. Julgamento será em Passo Fundo

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O jovem de 23 anos, morto em setembro deste ano, em plena campanha eleitoral, não foi a primeira vítima de brigas políticas no pequeno município de Constantina, no norte do Estado. Às vésperas das eleições municipais de 2000, o então técnico agrícola da prefeitura municipal, Cassiano Augusto Dalmagro, 25 anos, caiu em uma emboscada e acabou morto com um tiro na cabeça. Doze anos depois,  sete acusados deste crime serão julgados. A sessão do júri, que promete ser uma das mais longas do ano, está marcada para às 13h30min, desta terça-feira, no fórum de Passo Fundo.

Dividido em 11 volumes, o processo foi totalmente instruído em Constantina e desaforado para a Comarca de Passo Fundo por solicitação do Ministério Público. Cassiano foi morto em 29 de setembro de 2000. Por volta das 16h30min, ele conduzia uma caminhonete Pampa, da prefeitura, acompanhado de outros dois colegas de trabalho. Os três retornavam da localidade de Linha Sanga, onde realizavam um projeto de instalação de poços artesiano. Ao passarem  em frente à sede de um clube, em Linha Bonfante, foram surpreendidos por uma emboscada e tiveram o veículo atingido por vários disparos. Um deles acertou a cabeça de Cassiano. Desgovernado, o carro saiu da estrada e se chocou contra uma árvore.  Os outros dois ocupantes conseguiram escapar do atentado e pediram ajuda aos moradores das proximidades.

O rapaz foi levado às pressas para o hospital São José, em Constantina e, posteriormente, transferido para o Hospital São Vicente de Paulo, onde acabou morrendo, um ano depois, após passar por várias cirurgias. Segundo denúncia do Ministério Público, o crime foi praticado porque as vítimas eram adversários políticos. Ainda conforme denúncia, os acusados de participarem da emboscada são: Pedro Vargas, Luiz Carlos Cecatto, Catiano Ceccato e Ilisan Luis De Domenico. Os outros três réus, Antônio Bonfanti, Zelindo Antônio Garbin e Valdir Sabadin, são apontados como mentores do crime e por terem fornecido as armas. O grupo será julgado por  homicídio e duas tentativas de homicídio, todas duplamente qualificadas (motivo torpe e por terem agindo em situação que dificultou ou tornou impossível a defesa das vítimas). A sessão será presidida pelo juiz titular da 1ª Vara Crime, Maurício Ramires. Pelo Ministério Público atuará o promotor Diego Mendes de Lima.
     

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