Polícia Civil do Paraná busca assassino de passo-fundense

Investigações estão ocorrendo juntamente com a Polícia Nacional do Paraguai na tentativa de identificar e prender os envolvidos

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A morte da passo-fundense Noiara Bonatto, de 27 anos, durante a manhã do último sábado (12), após ser baleada na Ponte da Amizade que divisa Brasil e Paraguai, em Foz do Iguaçu, no Paraná está sendo investigada pela Polícia Civil de Foz do Iguaçu e a Polícia Nacional do Paraguai. Noiara morreu no Hospital Municipal de Foz do Iguaçu ainda na tarde de sábado.

Segundo o delegado Getúlio Vargas da Polícia Civil de Foz do Iguaçu, os policiais trabalham na investigação dos quatro criminosos envolvidos no assalto que causou a morte da passo-fundense. “Todas as informações levantadas serão repassadas à polícia paraguaia. Já temos imagens, as placas das motocicletas utilizadas pelos assaltantes. Depois que as informações forem repassadas, inclusive os depoimentos das vítimas, deve ser emitido o mandado de prisão que nós cumpriremos para que eles respondam pelo crime junto à Justiça paraguaia, para onde serão encaminhados quando presos”, explicou.

Também conforme o delegado Vargas, quatro homens estão sendo procurados. O homem que efetuou o disparo contra Noiara, o que recolheu os pertences e dinheiro das vítimas, além dos dois motociclistas que resgataram os assaltantes. “Segundo as vítimas, um deles aparentava ser brasileiro. Eles retornaram ao Brasil porque as autoridades paraguaias estavam presentes na ponte no momento do assalto. Se eles fugissem para o lado paraguaio, fatalmente seriam presos. As autoridades brasileiras estavam mais longe e também não foram informadas do ocorrido, somente mais tarde”, disse. Na região da ponte existem diversas câmeras e a polícia já está analisando as imagens para tentar identificar os acusados em algum momento.    

O delegado também disse que a polícia busca mais informações nas proximidades, especialmente quanto às motocicletas, parecidas com as utilizadas pelos moto taxistas que atuam na região de fronteira transportando as pessoas que cruzam a ponte para fazer compras no lado paraguaio. “É uma motocicleta amarela e o condutor estaria usando um jaleco amarelo, como os moto taxistas usam. Talvez tenha sido uma forma que eles utilizaram para dificultar a identificação. Muitos moto taxistas cruzam a ponte por segundo então eles podem ter utilizado este recurso para infiltrarem-se entre este grupo, mas ainda não temos a certeza de que seja alguém que trabalhe com isso”, esclareceu.

Ainda conforme Vargas, o crime foi um caso atípico, mesmo em uma região que é conhecida também por ser violenta. “Foi um fato isolado, é muito raro acontecer, ainda mais desta forma de atirar antes de efetuar o assalto. Mesmo aqui, que é uma região de fronteira, é bastante incomum”, analisou.

A vítima havia viajado ao Paraguai com o noivo para fazer compras e foi enterrada durante a tarde de domingo no Cemitério Memorial da Paz em Passo Fundo. Ela tinha uma filha de nove anos.

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