"Véio da Gaiota" é condenado a 62 anos de prisão por estupros de menores

A sentença foi definida nesta segunda-feira pela juíza da 2ª vara crime, Ana Cristina Frighetto Crossi.

Por
· 1 min de leitura
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

João Rodrigues da Silva, conhecido como Véio da Gaiota, 68 anos, foi condenado a uma pena de 62 anos e oito meses de reclusão pelos crimes de estupro e atentado violento ao pudor, praticado contra pelo menos 10 crianças. A sentença foi definida nesta segunda-feira pela juíza da 2ª vara crime, Ana Cristina Frighetto Crossi. 

Durante a prisão do acusado, em março do ano passado, policiais da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), encontraram na cada dele, localizada em um bairro de Passo Fundo, uma grande quantidade de brinquedos.

Bola de futebol e de tênis, carrinhos de madeira, bichos de pelúcia, doces, além de dinheiro, eram usados como armadilhas para atrair o interesse dos menores. Também foram apreendidas diversas páginas de revistas com imagens de crianças em trajes de banho e bebês nus. Sobre as fotos, anotações salientando as partes íntimas dos modelos, além de um caderno com anotações e nome das crianças. Na época, os policiais se surpreenderam com a quantidade de roupas íntimas (cuecas e calcinhas) de crianças encontradas na casa.

Segundo apurou a polícia, para atrair as vítimas, o catador agia nas imediações de uma escola do bairro, na periferia da cidade. Com a promessa de presentes e dinheiro, levava os menores para a sua residência, uma casa pequena de alvenaria, localizada nos fundos de um terreno, onde na parte da frente residem seus dois filhos adultos. Para facilitar o acesso pelos fundos do pátio, sem chamar a atenção dos vizinhos, o acusado chegou a construir uma passarela de madeira sobre uma sanga existente no local. Um mato junto ao terreno também era usado para a prática dos crimes. O sigilo das crianças era mantido sob ameaças psicológicas e físicas contra elas. O catador pagava entre R$ 10 a R$ 30 aos meninos, e após o ato, costumava ficar com a roupa íntima deles.

Segundo o promotor de justiça, Julio Francisco Ballardin, que acompanhou o caso, um dos meninos molestados precisou ser internado com infecção anal. “A sentença foi exemplar, mas as vidas das crianças das vítimas foram ‘perdidas’. Hoje o que as autoridades buscam é que casos como este sejam evitados” afirmou.

Gostou? Compartilhe