Na data em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, a policial civil, Marlene Nadal, teve outro grande motivo para comemorar: foi nomeada a chefe de investigações de polícia, a 1a mulher a ocupar o cargo em Passo Fundo.
Há quase um mês chefiando as investigações da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, Marlene compreende a responsabilidade que carrega e se orgulha por essa atribuição. “Assim como temos delegadas comandando delegacias, agora temos, também, uma mulher chefiando as investigações”, diz.
Honrada pelo reconhecimento e confiança à ela depositados, Marlene explica que o trabalho continua sendo o mesmo. “Nós atuamos contra os crimes que se referem à criança e ao adolescente e na prevenção dos mesmos em todo o município e região, com persistência e determinação”, afirma.
A chefe de polícia reconhece a incumbência, mas não encara como um fardo a nova fase por dois motivos: o primeiro porque gosta de ser policial ativa e o segundo porque confia no grupo com quem trabalha. “Tanto o delegado, Mário Pézzi, que tenho que agradecer pela indicação, quanto os meus colegas, todos pegam junto. O grupo é muito bom e sempre posso contar com eles”, comenta.
Empenho
A policial civil tem uma trajetória de 18 anos e passou a maior parte desse tempo trabalhando com investigações. Começou na Delegacia de Trânsito, passou pela Defrec, trabalhou na 1a e na 2a Delegacias de Polícia e há quatro anos está na DPCA.
Desde 1995, ela participa de grandes investigações e buscas pela região. Há pouco tempo recebeu uma Portaria por localizar objetos ilícitos em locais de difícil acesso; não por sensitividade ou sorte, ela atribui o sucesso em operações de busca à sua persistência.
“Eu sou policial pelo trabalho, não pelo salário e, por isso, insisto. Quando participo das operações, tenho vontade de combater o crime, quero ver a materialização das buscas, a prova que incrimina”, expõe, contando que, quase sempre, é convidada para participar dessas buscas.
“Véio da Gaiota” foi um dos casos mais marcantes
Entre tantos casos que marcaram a caminhada da policial, uma das mais notórias foi a prisão do Véio da Gaiota, condenado a 62 anos de prisão na última terça-feira. “Trabalhamos bastante para desvendar o crime sexual contra várias crianças”, conta. A prisão e sua condenação só ocorreram devido ao trabalho consistente, com provas e informações, realizado pela DPCA.