Corregedoria da BM volta a ouvir policiais e testemunhas

Assim como a PC, a Corregedoria da BM já solicitou ao IGP a reconstituição, ainda sem data definida.

Por
· 1 min de leitura
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

Com base no laudo extraoficial divulgado pela Polícia Civil na semana passada, o qual apontou que três, de oito disparos efetuados pela guarnição do Batalhão de Operações Especiais (BOE), atingiram as costas do PM Alexandre dos Santos Bueno, 31 anos, durante abordagem no Parque Farroupilha, a Corregedoria Regional da BM, responsável pelo Inquérito Policial Militar (IPM), vai reinquirir testemunhas e policiais envolvidos no caso.

Designado para comandar o IPM, o capitão Marcelo Domingo Paese, de Getúlio Vargas, já ouviu até agora 12 testemunhas, incluindo os quatro policiais da guarnição. O novo depoimento dos militares estava marcado para ontem à tarde. “Vínhamos trabalhando com esta tese de legítima defesa, mas diante das revelações feitas pela Polícia Civil, temos de considerar outras hipóteses. Para isso, ouviremos novamente as testemunhas” explicou.

Mesmo procedimento já havia sido adotado pela Polícia Civil, logo após a titular da 1ª DP, delegada Daniela de Oliveira Minetto ter recebido o laudo extraoficial de necropsia. Sob a alegação de se tratar de um inquérito sigiloso, a reportagem não teve acesso aos depoimentos. No entanto, o militar revelou que todas as versões das testemunhas que presenciaram o fato indicaram legítima defesa.

“Durante a perseguição, o PM abandonou o carro na tentativa de fugir da abordagem. Ele se escondeu entre os veículos estacionados em frente a uma oficina mecânica. Sacou a pistola da cintura, municiou a arma e fez menção de atirar” comentou.

Cauteloso, Paese, que já presidiu outros inquéritos, afirma que somente a partir dos resultados dos exames de necropsia, balística, que devem ser concluídos nos próximos dias,  e da reconstituição, será possível esclarecer as circunstâncias dos fatos. Assim como a PC, a Corregedoria da BM já solicitou ao IGP a reconstituição, ainda sem data definida. O prazo para conclusão do IPM é de 40 dias, mas a previsão é de que ele seja remetido à Justiça Militar no máximo em até 20 dias.

Gostou? Compartilhe