Os policiais militares que tiveram participação direta no assassinato do soldado Alexandre dos Santos Bueno, de 31 anos, ocorrido na última quarta-feira (24), ainda não prestaram depoimento à Polícia Civil. Desde a última sexta-feira (26), quando as testemunhas prestaram novos depoimentos na 1ª Delegacia de Polícia, as investigações não avançaram muito.
Ainda na sexta-feira, a delegada Daniela de Oliveira Mineto declarou que solicitaria a reconstituição do homicídio do soldado da Brigada Militar e foi também realizada a perícia na viatura utilizada pela guarnição do 3° Batalhão de Operações Especiais na abordagem e no transporte de Bueno já ferido até o Hospital da Cidade, onde acabou falecendo.
Em entrevista coletiva durante a manhã de segunda-feira (29), o advogado Jabs Paim Bandeira, defensor dos policiais, afirmou que o soldado que efetuou os disparos agiu em legítima defesa e que de acordo com o depoimento das testemunhas, Bueno teria feito menção de atirar contra os policiais em serviço. “Os policiais disseram à vítima várias vezes que pusesse as mãos na cabeça. Ao invés disso, ele sacou uma arma e a engatilhou. A vítima foi alvejada pela frente, mas como era um alvo móvel acabou sendo atingido nas costa. Quando a vítima caiu, ele parou de atirar. É uma legítima defesa real, naquele momento eles estavam correndo risco de morte e buscando a manutenção da ordem pública”, afirmou.
O advogado também deu a versão dos policiais sobre o fato de a perseguição ao Corolla preto de onde Bueno teria saído não ter sido informada via rádio na frequência utilizada pela Brigada Militar. “Durante a perseguição, com a trepidação da viatura, o rádio acabou se soltando. O sargento que estava na viatura tentou consertar e quando conseguiu ouviram a mensagem de que havia um policial ferido, o que fez com que desistissem da perseguição ao Corolla, imaginando que o ferido seria um dos colegas que eles haviam deixado o local”, disse. O depoimento dos policiais envolvidos no caso é aguardado para os próximos dias.