Policiais envolvidos em homicídio de colega prestam depoimento

Soldados do 3º Batalhão de Operações Especiais teriam mantido a afirmação de legítima defesa

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Durante a manhã de terça-feira (30), dois dos policiais envolvidos na abordagem que resultou na morte do soldado da Brigada Militar Alexandre dos Santos Bueno, de 31 anos, no último dia 24, estiveram na 1ª Delegacia de Polícia onde foram ouvidos. 
A delegada titular da 1ª DP, Daniela de Oliveira Mineto não se pronunciou sobre o depoimento dos policiais, mas tudo indica que a versão de que teriam agido em legítima defesa, já antecipada pelo advogado dos soldados tenha sido mantida durante o interrogatório.

Novos elementos importantes para a investigação foram descobertos por agentes da 1ª DP durante a tarde de terça-feira e devem auxiliar os policiais na elucidação do caso que foi registrado como o 14° homicídio do ano em Passo Fundo. A polícia continua tentando identificar tanto o automóvel Corolla de onde Bueno teria saído antes de ser alvejado quanto os outros ocupantes do veículo no momento da abordagem.

Outro ponto ainda nebuloso do episódio é em relação à motocicleta de Bueno, que foi encontrada na manhã posterior ao homicídio, no bairro Petrópolis. A polícia não informou de que forma o veículo, com o qual a vítima saíra de casa no dia crime, fora parar no local onde foi encontrado, sendo que, horas antes, não há registro da permanência da motocicleta no local.

BM também investiga o episódio
Desde que a necropsia apontou que Bueno havia sido atingido por três tiros nas costas, as investigações tomaram um novo rumo e o comando da Brigada Militar acabou por questionar a própria afirmação de que os soldados do 3° BOE haviam agido em legítima defesa. Paralelamente à investigação da 1ª DP, a Brigada Militar também abriu um inquérito policial militar para o caso.
Na última semana, o comando da Brigada Militar afirmou que Bueno havia sido investigado pela corregedoria da instituição pelo envolvimento em um confronto que resultou na morte de dois criminosos na BR-285, no bairro Záchia e a investigação foi aberta por existir a possibilidade de execução dos criminosos, o que não foi apontado pelo laudo pericial.

 

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