As mulheres caminham pela rua, tendo em mãos a bolsa. Tripulando uma motocicleta, dois homens encostam ao lado e exigem que a entregue a eles. Em seguida, fogem. A ação se repete cinco vezes.
Pelo menos cinco mulheres foram roubadas no início da noite desta segunda-feira (13), na área central, de forma semelhante. Os suspeitos, que tripulavam uma motocicleta, agiam rapidamente, encostando o veículo ao lado da vítima e subtraindo a sua bolsa.
No último caso, uma pequena mudança: os marginais apontaram uma arma de fogo para a mulher. Posteriormente, levaram a bolsa, fugindo na motocicleta.
Os suspeitos foram presos em seguida, na rua Teixeira Soares, Centro, dentro de um veículo VW/Santana, em atitude suspeita, quando uma guarnição da Brigada Militar passava pelo local, realizando patrulhamento de rotina.
No automóvel estavam três homens, de 19, 20 e 27 anos, dois armados com revólveres calibre 38. Com eles ainda foram apreendidos três celulares e uma quantia significativa em cheque. Os suspeitos foram encaminhados a Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento onde, um deles, foi reconhecido por uma vítima.
Mulheres são alvo fáceis
De acordo com o tenente coronel Fernando Carlos Bicca, comandante do 3o RPMon, essas subtrações ocorrem, geralmente, quando a vítima está sozinha, já que o marginal consegue agir com maior facilidade. “Esses crimes acontecem mais com mulheres, pois são subjugadas como sendo mais frágeis. O criminoso acredita que as elas terão uma reação menor”, explica.
As bolsas ainda são um fator agravante, pois chamam a atenção do bandido. “Não só chamam a atenção, como, também, demonstram que todos os objetos de valor que a mulher carrega, estão no interior dela”, diz.
Conforme o comandante, é a facilidade em retirar a bolsa, ao invés de retirar objetos dos bolsos na roupa dos cidadãos, que levam o marginal a roubá-las, pois não exigem tanta destreza. “Eles passam correndo e, em um momento de descuido, retiram a bolsa das mãos da vítima”, comenta.
Bicca destaca que, em crimes que envolvem armas ou violência, o gênero não interfere. “Quando o criminoso está armado, pouco importa se são homens ou mulheres o alvo”, salienta.
Cuidados
Alguns cuidados devem ser tomados quando se anda em via pública. Mulheres que andam com sua bolsa em mãos, segundo o comandante Bicca, devem preferir deixar objetos de valor fora dela. “Claro que isso não evita a ação, mas, ao menos, não se perde tudo”, diz.
Ainda devem andar atentas, cuidando quem está caminhando por perto e preferir locais com maior movimento, menos isolados e menos escuros, já que o assaltante procura agir longe de lugares movimentados.
Cinco mulheres roubadas
1º crime: A vítima caminhava na rua Antônio Araújo, Vila Annes, acompanhada por uma amiga, aproximadamente as 18h25, quando, a dupla tripulando uma motocicleta azul escura se aproximou, subiu na calçada e lhe arrancou a bolsa, fugindo em direção a Avenida Brasil.
2º crime: Uma funcionária do hospital localizado na rua Tiradentes, Centro, chegava no local de trabalho, por volta das 18h30, quando foi interceptada por dois criminosos, tripulando uma motocicleta, na contra mão e sobre a calçada, que lhe arrancaram a bolsa. Os criminosos estavam e uma possível Twister vermelha, e fugiram em direção a Annes.
3º crime: Aproximadamente as 19h05, dois homens tripulando uma moto de aspecto mais velho e cor escura, subiram na calçada da rua Marcelino Ramos, Centro, onde abordaram uma mulher, subtraindo a bolsa. Em seguida fugiram em direção ao Centro, pela rua Independência.
4º crime: Já as 19h20, dois criminosos, tripulando uma motocicleta, subiram na calçada em direção à vítima e arrancaram a bolsa da mesma, na rua Eduardo de Britto, Centro. Em seguida fugiram em direção ao bairro Operária.
5º crime: O último ataque foi perto das 20h10, na rua Moron, Centro, quando a vitima se deslocava para casa. Os tripulantes da motocicleta escura, subiram na calçada se aproximando da mulher que, ao perceber a arma, entregou a bolsa.