Homicídio de policial será investigado pela própria Brigada Militar

Investigação ficará a cargo da Justiça Militar após determinação da 1ª Vara Criminal de Passo Fundo

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O assassinato do policial militar Alexandre dos Santos Bueno, de 31 anos, no dia 24 de abril deste ano na Rua São Marcos no Parque Farroupilha não será mais investigado pela Polícia Civil. A delegada titular da 1ª Delegacia de Polícia, Daniela de Oliveira Mineto, até então responsável pela investigação do caso, deve repassar o inquérito à Justiça Militar ainda esta semana.

A partir de agora, o caso será investigado internamente, sendo, inclusive, nomeado outro oficial para a condução da investigação.  A decisão do juiz da 1ª Vara Criminal de Passo Fundo, Maurício Ramires, foi de que o caso deverá ser investigado na Justiça Militar em função de o crime ter sido cometido por policiais na ativa contra um policial também nesta situação, embora estivesse de folga quando foi morto e, nestes casos, segundo a decisão do juiz, não cabem à Justiça comum o processo e o julgamento.

O inquérito foi encerrado pela 1ª DP e ainda aguardava pelo recebimento de laudos periciais solicitados pela delegada durante as investigações, antes de ser remetido à Justiça Militar. A delegada também havia solicitado a reconstituição do crime.

Relembre o caso

O soldado da Brigada Militar, Alexandre dos Santos Bueno foi morto por policiais do 3° Batalhão de Operações Especiais da Brigada Militar durante uma abordagem no dia 24 de abril deste ano.  Dois dias após o crime, a necropsia revelou que dos oito disparos que atingiram Bueno, três haviam sido feitos pelas costas. À época do assassinato, a investigação trabalhava, inclusive, com a possibilidade de execução, uma vez que, além dos tiros nas costas, o soldado também fora atingido na palma da mão esquerda.

Outro ponto que chamou a atenção durante as investigações foi fato de a cena do crime não ter sido preservada após Bueno ter sido socorrido e encaminhado para o Hospital da Cidade, onde acabou falecendo. A informação inicial dada pela Brigada Militar no dia do assassinato era de que Bueno estava em um automóvel Corolla de cor preta e roubado. O carro foi localizado dias depois por agentes da 1ª Delegacia de Polícia e, na verdade, não era preto, e sim azul, e estava com a situação totalmente legalizada.

O homicídio foi registrado na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento como duas ocorrências diferentes, uma de porte ilegal de arma e resistência, em que Bueno consta como o acusado e uma de homicídio em que ele foi arrolado como vítima. Os policiais envolvidos na abordagem foram afastados temporariamente das funções.

 

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