Idosa morre queimada dentro de casa

A senhora estava enrolada em um cobertor ao lado do fogão a lenha, quando uma brasa atingiu o pano, iniciando o fogo

Por
· 2 min de leitura
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

Uma idosa de 83 anos morreu queimada no final da manhã desta quarta-feira, na rua Alecrim, bairro Professor Schisler, dentro da própria casa. O fogo, que não atingiu outros móveis, iniciou quando uma brasa do fogão a lenha caiu sobre o cobertor em que Maria Santa Martins estava enrolada.

Dona Maria era mãe de cinco filhos e morava com a filha Elvira de Fátima, de 53 anos, seu genro e sua neta, de 15 anos, que sofre com problemas neurológicos. A idosa, segundo a filha, havia optado morar com ela há alguns anos, quando saiu do interior de Coxilha, sem posses.

“Nós tentamos deixar ela morando com um irmão, no interior, mas ela não queria, então trouxemos ela pra cá e, desde então, cuido dela”, explica Fátima, com lágrimas no rosto. Amigos da família relatam que a filha da vítima dedicava os dias aos cuidados da mãe, já que ela não conseguia se locomover sozinha, devido aos dois Acidentes Vasculares Cerebrais que havia sofrido.

Nesta manhã, de acordo com Fátima, ela precisou dar uma saída e ir até a escola em que a filha – com problemas neurológicos – estuda, pois a mesma havia se envolvido em uma confusão com alguns garotos, e estava demorando para chegar. Antes de sair, verificou se a mãe estava bem aquecida e se precisava de alguma coisa, ajeitando o cobertor em torno dela, para que não se esfriasse na rápida ausência.

Enquanto se dirigia ao encontro da filha, a mulher ainda ligou para o marido, pedindo que fosse para casa, atender a sogra, que havia ficado sozinha. Em questão de minutos ele chegou na residência e percebeu as chamas. Os vizinhos se mobilizaram junto ao homem, rapidamente, na tentativa de apagar as chamas e salvar a vida da idosa, em vão.

“Meu telefone tocou e quando atendi, me disseram para ir pra casa rápido, ver a tragédia que havia acontecido”, lamenta. Quando chegou, encontrou a mãe carbonizada, ainda sentada na cadeira, como ela a havia deixado, porém, sem vida. “No desespero de fazer alguma coisa, peguei ela no colo, ela suspirou e então larguei ela no chão, mas já estava morta”, conta, inconformada. Logo os bombeiros e a Samu chegaram, mas não realizaram atendimento. A Brigada Militar também esteve no local, isolando a área. Em seguida, a Equipe Volante da Polícia Civil e a perícia foram acionadas, realizando o procedimento necessário.

Inconformada, olha para a direção onde ocorreu o acidente, restando, apenas, o espaço vazio da poltrona queimada e o fogão a lenha carbonizado e menciona: “Eu fui avisada em sonho que ela ia partir. Sonhei que eu e ela estávamos em um cemitério lindo, com uma sepultura linda, mas acordei assustada”, lembra.

 

Gostou? Compartilhe