Estatística da Secretaria de Segurança aponta queda nos índices de violência em Passo Fundo

Município tem números da criminalidade divulgados pela Brigada Militar

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Em meio a protesto de cobradores e motoristas de ônibus de Passo Fundo que foram às ruas na sexta-feira, pedir por mais segurança e melhores condições de trabalho, o comando da Brigada Militar divulgou os números da criminalidade no primeiro semestre no município. Convidado a se pronunciar durante o ato, o comandante do 3º RPMon, tenente-coronel Fernando Carlos Bicca, já havia revelado que os assaltos a ônibus tiveram uma redução de 63% no comparativo com o primeiro semestre do ano passado. Os números também apontam queda nos outros 15 tipos de crimes relacionados na tabela.

Vale lembrar que os dados fazem parte da estatística fornecida pela Secretaria de Segurança do Estado e, segundo o próprio Bicca, apresentam variação em relação ao levantamento interno do 3º RPMon, mas os percentuais, garante, se mantém praticamente os mesmos.  Bicca atribuiu a redução dos índices de violência à mobilização da sociedade. Como exemplo, cita a queda nas ocorrências de roubo de veículo. Foram 110 casos no primeiro semestre do ano passado contra 52 este ano. Uma diferença de 53%. “Concentramos o trabalho nos sentido de coibir crimes de grave ameaça,  caso do roubo. A estratégia de alertar a população sobre os riscos de permanecer dentro dos veículos em determinados locais da cidade, como hospitais, casas noturnas, principalmente nos horários  das 19h30 até às 23h30,  surtiu efeito” comenta, complementando que o  aumento no número de abordagens também refletiu nesse índice. 

Considerado um problema crônico em Passo Fundo, o furto de veículo (ocorre sem a presença da vítima), teve redução de apenas 5%. De janeiro até o final de junho, 231 carros sumiram das ruas da cidade, uma média de 1,2 por dia. Ainda assim, o dado é avaliado como positivo pela BM. “Esse é um crime que sempre apresentava crescimento. Estamos longe do ideal, mas a redução já é um indicativo de que o trabalho está tendo resultado” comenta.

 

Violência

Além da quantidade de assaltos, motoristas e cobradores reclamaram muito, durante o protesto de sexta-feira, sobre a violência que vem sendo empregada durante os roubos. Apesar da queda de 63% na soma geral do semestre, o mês de junho já o segundo mais violento do ano, com 11 assaltos, perdendo apenas para janeiro, quando ocorreram 12 casos. Em relação à violência empregada nos assaltos, Bicca diz que a BM realizou atividades nas empresas orientando à categoria para não reagir durante os roubos. “Essa é uma recomendação que sempre fizemos. Temos relatos de trabalhadores que prenderam assaltantes. É uma iniciativa altamente arriscada e desaconselhável” comenta. Segundo ele, uma guarnição já foi designada para voltar a atuar exclusivamente no combate a este time de crime

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