Passo Fundo poderá ser pioneira em uma questão relacionada à segurança pública que, nos últimos tempos, com o aumento da criminalidade junto às agências bancárias e caixas eletrônicos espalhados em outros estabelecimentos como lojas, shoppings, empresas, aonde os criminosos vêm uma oportunidade de dinheiro fácil e, em geral, as vítimas não oferecem resistência. Quando as vítimas não são os clientes em crimes como a “saidinha de banco”, onde as vítimas são abordadas na saída do banco após sacarem dinheiro nos caixas eletrônicos, as próprias instituições são alvo de arrombamentos e explosões dos equipamentos dispensadores de dinheiro.
Um projeto de lei de autoria do vereador Isamar Oliveira (PT), que está tramitando na Câmara de Vereadores, prevê monitoramento obrigatório por vídeo onde existam caixas eletrônicos. A medida dificultaria a ação de criminosos que, a exemplo do sequestro relâmpago ocorrido no sábado (10), mantiveram a vítima refém e visitaram três caixas eletrônicos tentando sacar dinheiro antes de libertá-la. Segundo o vereador, o projeto visa não só a proteção do patrimônio, mas também a segurança das pessoas, já que atualmente os criminosos utilizam até mesmo explosivos para abrirem os caixas eletrônicos. “Este projeto foi dialogado com as forças policiais, e a iniciativa partiu daí. Tivemos um crescimento muito grande deste tipo de crimes. Isto acaba colocando em risco a vida da população em geral, imagine você caminhando, passando ao lado de uma agência bancária e acontece uma explosão, por exemplo”, disse.
Atualmente, a maioria dos estabelecimentos bancários e comerciais que possuem caixa eletrônico tem câmeras de vigilância, porém em poucos deles há o monitoramento, ou seja, as imagens, nem sempre são nítidas ou de boa qualidade, servirão apenas para uma tentativa de identificação dos criminosos, e não auxiliarão na hipótese de evitar que o crime aconteça. Esta nova medida traria a possibilidade de acionamento rápido da polícia em caso de alguma atividade suspeita. “Não se via uma ação de leis para coibir estes crimes. A dificuldade e o dispêndio para o serviço público são muito grandes, é um processo demorado e geralmente esses crimes são realizados por quadrilhas especializadas. Há necessidade desta contrapartida dos bancos, este monitoramento ininterrupto pode ser pessoal, com vigilantes ou à distância. Acredito que após a aprovação o projeto terá uma repercussão positiva”. observou.
Antes da aprovação em plenário o projeto ainda deve passar pelas comissões da Câmara de Vereadores e também pela Procuradoria do município.
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