Morre homem que teria engasgado com pedra de crack

Família não concorda com versão da ocorrência policial registrada na última sexta-feira

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Alessandro dos Santos de 33 anos morreu durante a tarde de terça-feira (13), após permanecer internado no Hospital São Vicente de Paulo desde a noite de sexta-feira (9), quando foi abordado por uma guarnição do 3º Batalhão de Operações Especiais na Rua Artur Kunz, no bairro Vera Cruz.

Conforme a informação publicada pela Brigada Militar, Alessandro foi abordado após a guarnição ter recebido uma denúncia de que ele estaria portando entorpecentes. Ainda conforme o relato da ocorrência, no momento da abordagem, o Alessandro não dizia nada e teria começado a passar mal e então os policiais perceberem que ele teria tentado engolir cerca de 20 gramas de crack. A ocorrência policial diz ainda os membros da guarnição realizaram manobras para desobstruir as vias aéreas e retiraram um pedaço de plástico que estaria na garganta do homem.

O Corpo de Bombeiros foi acionado e, segundo o relatório do atendimento, quando a ambulância chegou ao local, os policiais estariam realizando massagem cardíaca em Alessandro, já que ele ficara alguns minutos sem respirar. Ele foi instalado na ambulância, onde os procedimentos teriam continuado até que chegasse ao Hospital São Vicente de Paulo, onde foi internado no Setor de Emergência.

De acordo com os familiares, os próprios policiais foram até a casa dos pais de Alessandro para informar que ele tinha sido encaminhado ao hospital e então eles dirigiram-se primeiro à Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento, onde, segundo a família, os policiais que haviam atendido a ocorrência entraram na sala onde são registrados os flagrantes. Conforme os familiares eles foram apenas chamados até a sala e sequer receberam uma cópia do boletim de ocorrência. Também segundo a família, uma testemunha que estava junto com Alessandro no momento da abordagem disse que quando os policiais chegaram, mandaram que ele corresse, ficando apenas com Alessandro. Esta testemunha também teria afirmado ter visto os policiais agredindo Alessandro a chutes.

O corpo foi encaminhado para o Departamento Médico Legal para a necropsia e a família aguarda o laudo para saber se os ferimentos que Alessandro apresentava na face, em uma das mãos e nas costas, teriam sido provocados pela suposta agressão. O sepultamento de Alessandro ocorreu durante a tarde de quarta-feira (14).

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