Estacionamento é motivo de briga entre motorista e agentes de trânsito

A confusão iniciou na Avenida Rio Grande, quando o proprietário de um automóvel GM/Vectra, de cor azul e placas de Passo Fundo, parou o carro na faixa amarela, onde, há pouco mais de um mês, passou a ser proibido estacionar.

Por
· 2 min de leitura
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

Um grande tumulto envolvendo uma família e agentes de trânsito foi registrado na manhã desta segunda-feira (19), no bairro Vera Cruz. A confusão iniciou na Avenida Rio Grande, quando o proprietário de um automóvel GM/Vectra, de cor azul e placas de Passo Fundo, parou o carro na faixa amarela, onde, há pouco mais de um mês, passou a ser proibido estacionar.

O condutor de 41 anos e eletricista, estava acompanhado com a esposa e a neta pequena, quando desceu do automóvel para comprar mantimentos na fruteira. Os agentes de trânsito que fiscalizavam o local, viram o veículo e se dirigiram até ele. Neste momento, a mulher pegou as chaves com o marido e saiu em busca de um lugar para estacionar. Preocupado, o proprietário do automóvel foi ao encontro dos agentes e questionou se o veículo havia sido multado.

O questionamento fez com que ambas as partes se alterassem, conforme relatos. De acordo com o motorista do carro que seria autuado, ele se dirigiu aos agentes e chamou um deles de “cidadão”, o que fez com que o mesmo se alterasse. “Porque não chamei ele de agente de trânsito, ele ficou bravo. Disse que não ia me multar, mas como eu tinha bancado o ignorante, agora multaria”, alega. O proprietário da fruteira, que assistiu a cena, afirma ter visto o agente de trânsito bastante alterado após o questionamento do cidadão a respeito da autuação. “Ele fez jeito de que ia agredir o homem aqui perto da fruteira, e pior, na frente da neta”, conta.

De acordo com testemunhas, a outra agente que estava em serviço, instigou o colega a ir atrás do veículo para proceder com a multa. O homem, depois da rápida discussão, retornou a fruteira e terminou as compras. Já os agentes, entraram na viatura e foram até a rua Erechim, onde o carro estava estacionado, parando logo atrás. Conforme o agente de trânsito, eles teriam, realmente, ido ao encontro do Vectra, mas para conferir se a documentação estava em dia.

Ao terminar as compras, o eletricista se dirigiu até o carro, encontrando a viatura e os agentes. “Eu estava com duas sacolas em uma das mãos, e com minha neta no colo. Eles já chegaram me agredindo”, expõe o condutor. O agente, ao contrário, relata que o homem veio correndo ao encontro da viatura e, quando chegou, investiu com socos e chutes contra as portas. “Ele estava muito alterado, saí da viatura pela porta do outro lado e tentei acalmá-lo, mas ele já estava com pedras nas mãos, jogando em mim e em meus colegas”, diz, mostrando um corte na palma da mão. Outro agente conta ter sido atingido nas costas com uma pedra, abaixo do colete.

Funcionários de uma agropecuária localizada próximo ao ocorrido, dizem que, ao ver o tumulto, correram em direção ao mesmo. Ao chegar, viram cerca de quatro agentes de trânsito agredindo o popular, que estava caído no chão. Os agentes declararam tê-lo colocado deitado no chão, como forma de contê-lo. A esposa do condutor, ao ver a situação, interferiu, colocando-se no meio, ao mesmo tempo em que acalmava a neta. Com lesões nas costas, no rosto e nas pernas, o motorista ainda alega ter levado um choque, antes de cair. Populares auxiliaram e contiveram o tumulto. Em seguida, a Brigada Militar foi acionada pelos próprios azulzinhos. O Batalhão de Operações Especiais (BOE), compareceu no endereço, registrando um termo circunstanciado de vias de fato, que após resultado dos exames de lesão de ambas as partes, será encaminhado ao Fórum. 

Gostou? Compartilhe