Integrantes da Polícia Civil de Viamão prenderam, no final da tarde de quinta-feira, em Passo Fundo, uma mulher acusada de tráfico de mulheres para a prática de prostituição em Altamira, no Pará. Ela é acusada de integrar uma quadrilha que foi desarticulada em fevereiro deste ano, quando a polícia do município onde ocorria a exploração, localizou 17 mulheres e um travesti vivendo em cárcere privado em um prostíbulo, devido à denúncia de uma adolescente, natural de Marau, que conseguiu fugir e realizar a denúncia.
Claci de Fátima Morais da Silva, 42 anos, natural de Tapera, estava com mandado de prisão preventiva expedido pela juíza da Vara Judiciária de Altamira, Cristina Collyer Damasio.
Os integrantes da quadrilha foram presos, mas a mulher conseguiu fugir e, desde então, estava sendo procurada pela polícia. A mulher era proprietária de uma boate em Santa Catarina, onde aliciava as mulheres com a promessa de que ganhariam até R$ 1 mil por dia de trabalho na boate Xingu, no município de Vitória do Xingu. Ela, portanto, é apontada como a responsável pelo recrutamento.
Segundo as investigações, as vítimas eram levadas de Santa Catarina até Altamira, de van, percorrendo cerca de 4 mil quilômetros de distância. Na boate Xingu, as vítimas eram recebidas por um casal de suspeitos, e colocadas em quartos precários, alguns com trancas do lado de fora.
A agenciadora vinha sendo monitorada pela polícia catarinense e, na quinta-feira, os policiais receberam informações de que a procurada tinha vindo para o Rio Grande do Sul.
Com isso, policiais gaúchos passaram a seguir os passos da acusada, que foi localizada na casa de uma conhecida na rua do Retiro, na vila Lucas Araújo. A mulher foi presa e recolhida ao presídio regional de Passo Fundo, mas deve ser levada para Altamira, junto ao restante da quadrilha.