Série de assaltos preocupa comerciantes

Nas duas últimas semanas foram registrados três assaltos somente a joalherias na região central, mas nos bairros a situação é a mesma

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Uma série de assaltos a estabelecimentos comerciais vem chamando a atenção em Passo Fundo. Ao longo desta semana foram registrados mais de dez assaltos na cidade. Nos últimos quinze dias, pelo menos três joalherias foram assaltadas, a última na tarde de sexta-feira (6), na Avenida Brasil.

Mas não é somente na área central que os comerciantes estão preocupados com a falta de segurança. Na última quinta-feira (5), estabelecimentos comerciais foram alvos de criminosos também no bairro Valinhos e no bairro Berthier. A ação dos assaltantes, na maioria dos casos coincide, com os criminosos entrando armados nos estabelecimentos, rendendo quem estiver no local, roubando objetos e dinheiro e fugindo em motocicletas.

De acordo com o major Eriberto Branco, subcomandante do 3° RPMon da Brigada Militar, o policiamento ostensivo tem dado o retorno esperado. “O nosso termômetro são as prisões que fazemos. Todos os dias a Brigada Militar prende alguém e a grande maioria das prisões tem sido de pessoas que já tem envolvimento em alguma coisa. Além da prevenção, o trabalho também é repressivo”, disse.

Também conforme o major, existe, sim, um aumento nos índices de roubos e furtos, mas também cresceu o número de prisões efetuadas pela Brigada Militar. “Temos que trabalhar com um grau de sensação de segurança. Sempre temos os suspeitos, nosso sistema de inteligência não pára. Os assaltantes hoje preferem assaltar o pequeno comércio. Eles chegam como se fossem compradores e de repente sacam uma arma. As câmeras de vigilância tem nos ajudado muito. O criminoso pode até realizar o assalto, mas ele sabe que mais pra frente será preso. Esta resposta estamos conseguindo dar”, observou.

“Os comerciantes estão com medo”

Para o empresário e diretor do Conselho Consultivo da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Valter Ceolin, a situação de insegurança enfrentada pelos comerciantes atualmente preocupa. “Cada pessoa estranha que entra na loja a gente já fica com medo. A atitude da CDL é de tentar manter o mínimo de policiamento através da Bike Patrulha mas já dá para perceber que não é suficiente. É claro que alguns assaltantes são presos, mas são presos e logo estão soltos novamente. Pagamos os impostos, tentando de todas as maneiras auxiliar o Estado na tarefa de nos dar proteção mas não recebemos retorno, o Estado está deixando de fazer a sua parte. Precisamos de mais policiamento, mais câmeras, mas as câmeras tem de estar funcionando, alguém tem de estar assistindo a essas imagens”, disse.

Em relação aos assaltos às joalherias, Ceolin acredita que, pelo fato de os estabelecimentos trabalharem com mercadorias de pequeno volume mas de grande valor monetário, torna este tipo de comércio mais suscetível à ação dos criminosos. “Com uma mochila é possível carregar uma grande quantidade de objetos e o valor pode ser incalculável. As mercadorias roubadas dificilmente são recuperadas e a grande pergunta é: Quem está comprando esses materiais? Os relógios hoje em dia são dotados de alta tecnologia, e por isso, também se tornaram objetos caros, e há preferência por relógios nos últimos assaltos. Além do dano financeiro, tem também o trauma que fica depois de ter um revólver colocado na cara enquanto trabalha. A gente repensa várias vezes em continuar trabalhando, estamos correndo riscos todos os dias. dá pra imaginar como ficam os nossos funcionários”, afirmou.

 

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