IPM vai investigar ação dos policiais

Comandante do 13° BPM de Erechim defende ação de policiais militares em uma festa em Ipiranga do Sul

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O 13º Batalhão de Polícia Militar de Erechim instaurou inquérito policial militar para apurar as circunstâncias da ação que envolveu este grupamento e mais o 3º Batalhão de Operações Especiais (BOE) de Passo Fundo, em uma festa particular, no final de semana, em Ipiranga do Sul.

De acordo com o comandante do 13° BPM, tenente coronel Ricardo Alex Hofmann, a ação dos policiais foi legítima, uma vez que, segundo o relato dos policiais, eles também sofreram agressões. “Tudo o que saiu na imprensa até agora foi muito parcial, os policiais foram agredidos. Parece até que os policiais são os bandidos. Em qualquer outro país os policiais seriam aplaudidos”, disse.

Ainda conforme o comandante do 13° BPM, durante a tarde de ontem (terça-feira), um capitão do batalhão estava em Ipiranga do Sul para ouvir todos os envolvidos e para que todas as versões constem no inquérito que irá apurar se a postura dos policiais foi correta. Para Hofmann, o incidente só chegou ao ponto da, segundo ele, troca de agressões, porque as pessoas que estavam na oficina mecânica no momento da abordagem tentaram defender o jovem que era perseguido pelos policiais. “Meus policiais estão lesionados, um deles teve os óculos quebrados. Estas pessoas de imediato colocaram-se contra a polícia, sem ao menos perguntarem o que os policiais queriam. Eles retiraram as algemas do rapaz, deram um sumiço nelas, que são patrimônio do Estado”, afirmou ele.

O comandante do 13° BPM também disse que o disparo efetuado dentro do banheiro por um dos policiais ocorreu porque os envolvidos na confusão teriam tentado roubar-lhe a pistola. “Eram cinco pessoas contra ele, o único jeito de se livrar delas foi efetuando o disparo. Desta forma, não vejo nada de errado na ação deles”, declarou. Hofmann informou que os policiais do 3° BOE envolvidos no tumulto tinham ido até Ipiranga do Sul para dar apoio às guarnições do 13° BPM, deslocadas para aquele município que receberia um evento, um baile realizado a poucos metros da oficina mecânica onde ocorreu a confusão. “Quando as pessoas respeitam a polícia temos outro tipo de abordagem. Eles soltaram um preso, queriam roubar uma arma”, disse.

A partir de agora serão colhidos depoimentos e provas que abastecerão o inquérito policial militar. De acordo com Hofmann, a Polícia Civil também deverá atuar no caso, averiguando se houve crime da parte dos policiais ou das outras pessoas envolvidas no episódio.

Conduta e MP
Durante a tarde de terça-feira (29), o comando do 3° BOE expediu uma nota afirmando que a conduta dos policiais seria avaliada no decorrer do inquérito policial militar. A família envolvida no episódio apresentaria também na terça-feira uma denúncia ao Ministério Público de Getúlio Vargas. Até o encerramento desta edição não havia a confirmação se a denúncia havia sido entregue.

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