Um homem de 39 anos foi agredido durante a madrugada de sexta-feira (1°) na saída de uma boate na Avenida Brasil no bairro Petrópolis. Conforme o boletim de ocorrência registrado na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento, a Brigada Militar foi acionada para a atender o incidente e quando os policiais chegaram ao local encontraram a vítima caída. O socorro médico foi acionado para que o homem pudesse ser socorrido. Uma testemunha informou aos policiais as características dos agressores e a direção em que fugiram. Os agressores foram localizados a dois quarteirões do local.
Também segundo o boletim de ocorrência, a confusão teve início quando o homem saiu da boate e encontrou os três acusados mexendo em seu automóvel Brasília, de cor branca e placas de Carazinho. O homem então soltou o cão da raça boxer, que estava dentro do veículo e o animal perseguiu o trio. Quando o cão retornou para onde estava o dono, os agressores passaram a arremessar pedras contra a vítima, que foi atingida por várias delas, resultando em ferimentos graves.
Os socorristas chegaram ao local e tentaram se aproximar do homem ferido, porém, o cão, em defesa do seu dono não permitia a aproximação. No momento em que um dos policiais chegou próximo ao homem caído, o cão teria investido contra ele, que, efetuou um disparo contra o animal, que veio a falecer em seguida. O homem foi socorrido e encaminhado até o Hospital da Cidade, onde permanecia internado em estado grave. Os três acusados da tentativa de homicídio foram encaminhados à Delegacia de Polícia Pronto Atendimento. Um deles, de 18 anos, foi preso em flagrante e recolhido ao Presídio Regional de Passo Fundo. Os outros dois envolvidos, menores de idade, foram apresentados ao Ministério Público e entregues aos responsáveis.
Repercussão
O sacrifício do animal gerou diversas manifestações contrárias à atitude do policial nas redes sociais. Segundo o comandante do 3° RPMon, tenente coronel Fernando Carlos Bicca, a ação foi necessária para que o homem pudesse ser socorrido, já que o cão impedia a aproximação dos policiais e dos socorristas. “Foi necessário para salvar uma vida. Caso o policial não tivesse atirado no cão, talvez o socorro demorasse mais tempo para fazer o atendimento, o que poderia acarretar na morte da vítima, tanto é que o homem permanece em estado grave”, explicou.
Também segundo o comandante do 3° RPMon o policial envolvido no episódio ficou abalado por ter de agir desta forma. “Conversei com os dois policiais que atenderam a ocorrência e ele parecia bem preocupado com a situação do cão. Obviamente que gostaríamos que isso não acontecesse, mas havia uma vida em risco”, disse.