Um dos suspeitos da morte do ex-taxista Eros Adel dos Santos Rodrigues, de 32 anos, foi preso na tarde de ontem, pela Equipe Especializada em Homicídios da 1ª Delegacia de Policia, comandados pela delegada titular, Daniela de Oliveira Mineto, após prestar depoimento na delegacia. De acordo com o chefe de investigações, Volmar Menegon, a prisão do homem já estava decretada devido ao seu envolvimento com outros crimes, protegidos pela Lei Maria da Penha, mas ele não sabia.
O envolvido declarou que ele e a companheira haviam contratado outros dois homens para dar um susto na vítima, mas não tinham a intenção de matá-lo. Durante a noite do crime, o casal acompanhou os autores das mais de 10 facadas e assistiu a cena, sem reagir. Segundo o depoimento do mandante, a dupla fez o que foi combinado, entretanto, como taxista reagiu, acabou sendo esfaqueado.
O homem disse, também, não conhecer a dupla e sugeriu aos policiais que conversassem com a ex-companheira, que saberia informar a identificação dos mesmos. Ela também foi ouvida e afirmou não ter qualquer tipo de envolvimento com o crime. Com os relatos, as investigações devem continuar nos próximos dias, quando outras pessoas serão ouvidas.
Prisão
Depois de prestar depoimento, o homem acabou preso. A prisão, entretanto, não ocorreu devido ao homicídio, mas ao seu envolvimento com outros crimes praticados contra a ex-cônjuge. “Ele agrediu a ex-companheira e ainda colocou fogo na casa de uma amiga dela, na rua Canguçu, bairro Vera Cruz, no dia 16 de novembro, acreditando que ela estaria na moradia”, diz. O fato levou a delegada Claudia Rocha Crusius, titular da Delegacia da Mulher, a pedir sua prisão preventiva. Menegon explica que, como a prisão foi decretada recentemente, pelo juiz da 2ª Vara Criminal, o homem, de 25 anos, não tinha conhecimento a respeito da reclusão.
Relembre o caso
Eros Adel dos Santos Rodrigues, 32 anos, foi encontrado caído na Rua Sete de Agosto, no bairro Boqueirão com cerca de 10 ferimentos causados por faca no peito e nas costas. De acordo com o depoimento de uma testemunha que passou de carro pelo local, o taxista estava brigando com outros dois indivíduos. Rodrigues chegou a ser socorrido e encaminhado ao Hospital São Vicente de Paulo, mas não resistiu aos ferimentos. As suspeitas eram de que ele havia sido vitima de um assalto.