A Copa e o impacto na Segurança Pública

Deslocamento de policiais de Passo Fundo no patrulhamento ostensivo para a Copa do Mundo pode te reflexos menores do que os causados pela Operação Golfinho

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3° BOE é uma das unidades que cederá policiais para a Copa do Mundo3° BOE é uma das unidades que cederá policiais para a Copa do Mundo
3° BOE é uma das unidades que cederá policiais para a Copa do Mundo
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Com a aproximação da Copa do Mundo, a população vem levantando a questão da segurança pública em Passo Fundo com a iminente convocação dos policiais militares que atuam no município para servirem no evento. Há algumas semanas circulou nas redes sociais a informação de que todo o efetivo do 3° Batalhão de Operações Especiais, do Pelotão de Operações Especiais e do Pelotão Hipo do 3° RPMon seria deslocado para Porto Alegre durante o período da realização do evento.

A princípio, não está definido o contingente que será enviado à Capital a partir do dia 20 de maio, mas, segundo a Brigada Militar, existe, sim, a possibilidade de todo o efetivo de operações especiais atuante no município seja convocado para se apresentar em Porto Alegre a partir da data estipulada. “A Copa do Mundo começa, na prática, 20 dias antes do primeiro jogo. Porto Alegre sediará cinco jogos e a participação do Rio Grande do Sul termina nas oitavas de final. Já está prevista uma primeira desmobilização de efetivo dois dias depois da primeira partida”, disse o major André Luis Pithan, subcomandante do 3° BOE.
Conforme o major, o Comando Geral da Brigada Militar ainda não definiu quantos homens cada região cederá para a Copa do Mundo. Em Passo Fundo, todos os policiais do 3° BOE, POE e Pelotão Hipo participaram alguns ainda participarão de cursos preparatórios. A intenção é a de que todo o efetivo destas unidades esteja preparado em caso de convocação. “Os comandos regionais realizaram estudos que foram entregues e serão analisados para formar o perfil dos policiais que participarão do evento”, afirmou.

Apesar de ainda não haver definição quanto ao número de policiais convocados a Brigada Militar trabalha, inclusive, com a probabilidade de que todo este efetivo seja enviado à Capital e mesmo assim, o impacto no patrulhamento, mesmo com a redução do número de policiais dever ser menor que a Operação Golfinho. “No período da Operação Golfinho, em que parte da população se dirige para o Litoral e só isso já motivo para o deslocamento de efetivo, imagine então em uma Copa do Mundo que é um dos maiores eventos do planeta, junto com as Olimpíadas. Hoje na Operação Golfinho, somente aqui no 3° BOE há 16 policiais, no total, de toda a região são mais de 100. Em termos quantitativos, o impacto é menor que o da Operação Golfinho”, explicou o major, que também informou que, no total, dentre as unidades que realizaram os cursos preparatórios existe um total de 180 homens que podem ser convocados para Porto Alegre.

Ainda segundo o major, há a previsão da criação de uma reserva de policiais para ocuparem as vagas daqueles que serão deslocados para a Copa do Mundo, e também, em caso de todos serem convocados, a criação de uma outra reserva, composta, inclusive, por policiais que trabalham no setor administrativo. “Estes policiais seriam oriundos de outras unidades, por exemplo, temos Patrulha Rural em Passo Fundo, em Carazinho e em Erechim. Esta seria uma das possibilidades, trazer estes policiais para o patrulhamento. Durante o período de dois meses, vinte dias antes do início da Copa e um mês após o encerramento, o Comando determinou que ninguém tire férias, o que já nos dá uma média de um efetivo 10% maior. Por exemplo, se o 3° RPMon ceder 25 homens, considerando que há uma média de 300, mesmo assim, o número de policiais que não entraram em férias e que continuarão trabalhando podem suprir esta falta”, esclareceu.

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