Audácia de criminosos assusta

Com medo, familiares do empresário atropelado em roubo de malote, devem reorganizar a rotina e buscar mais segurança

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Empresário tentou escapar do atropelamento, mas os marginais foram mais rápidosEmpresário tentou escapar do atropelamento, mas os marginais foram mais rápidos
Empresário tentou escapar do atropelamento, mas os marginais foram mais rápidos
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O medo e a insegurança agora acompanham a família do empresário que foi atropelado por um veículo Ford/Focus, ocupado por criminosos, pouco antes de ter um dos malotes que carregava consigo roubado, no início desta semana. Desde segunda-feira (10), quando Edison Dias Gracioli, de 32 anos, foi atingido premeditadamente pelo automóvel, na rua Moacir Motta Fortes, no bairro Vera Cruz, os cuidados em relação a clientela e, principalmente, ao movimento externo, foram redobrados na lotérica. 

Em recuperação na emergência do Hospital São Vicente de Paulo, Gracioli recebe a visita da esposa diariamente, e, em poucas palavras, aconselha a Ana Greice Dias, a tomar cuidado e ter mais precauções. “Ele ainda está em observação, pois bateu a cabeça com força, mas está consciente e me recomenda cuidados”, conta.
Uma câmera de segurança instalada em um estabelecimento próximo à lotérica registrou o momento em que ele foi atingido, sem escrúpulos ou qualquer hesitação, pelo carro roubado (acesse o vídeo www.onacional.com.br). “Nós sempre temos muito cuidado. Ele ainda é o mais cuidadoso e preocupado com a segurança, mas dessa vez não pode fazer nada, foi atingido pelas costas, traiçoeiramente”, revolta-se. O veículo ainda passou por cima das pernas dele, onde sofreu escoriações.
O roubo, segundo Ana, foi planejado. “Alguém deveria estar na praça, aqui na frente, observando o movimento e viu quando o meu marido saiu, avisando os que estavam no carro” diz. Preocupada, conta que vai esperar Gracioli sair do hospital para reorganizarem a vida. “Nós vamos ter que avaliar se vale a pena continuar, pois temos que ir atrás de segurança particular e tirar dinheiro do nosso bolso”, lamenta.

A cunhada da vítima, que também trabalha no estabelecimento, reclamou do posto policial fechado. “Hoje tem uma viatura ali, por acaso. Mas mesmo sendo um posto policial, nunca tem policiais. Quando meu cunhado foi atropelado, até a Guarda Municipal de Trânsito chegou antes da Brigada Militar. Ele já havia sido socorrido e os bandidos já deveriam estar longe”, desabafa. Segundo o comandante do 3o RPMon, tenente coronel Fernando Carlos Bicca, com o efetivo existente no município, não é possível manter pontos fixos com policiais ao mesmo tempo em que é necessário o patrulhamento. “Nós escalamos poucos policiais para ficar nos postos, pois temos um resultado muito melhor quando os mesmos estão em patrulhamento. Ao invés de ficar esperando a demanda, nós vamos ao encontro dela”, salienta.

Investigações
A 2ª Delegacia de Polícia, que está sob o comando temporário da delegada Daniela de Oliveira Mineto, tem priorizado essa investigação pela forma como o fato ocorreu e pelo perigo que os autores apresentam a sociedade. Segundo o chefe de investigações, Luiz Castaldi, os agentes estão ouvindo testemunhas e analisando as imagens, tanto as divulgadas na imprensa, quanto as obtidas apenas por eles. “Nós ainda não ouvimos a vítima pois está na emergência, mas assim que conseguir nos atender, vamos colher o depoimento dele”, menciona. Ainda segundo Castaldi, os policiais já traçaram uma linha de investigação, o que pode acelerar o processo e identificar mais rapidamente a autoria.

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