Uma busca desesperada. Há mais de 40 horas familiares e amigos do jovem desaparecido, buscam por indícios que os levem até ele. O cansaço, embora exista, não é maior que a angústia e o desespero que eles estão sentindo. Robson Junior Mendes de Lima, de 20 anos, desapareceu durante a noite de terça-feira (11), após um amigo tê-lo deixado em frente a Escola Estadual de Ensino Fundamental Ana Willing, local onde foi visto pela última vez.
Conforme relatos de familiares, o jovem estudava na escola, mas havia recebido uma suspensão no dia anterior, quando se envolveu em uma briga e agrediu duas garotas, também estudantes. “Ele era muito ciumento e brigou com a namorada. As duas gurias foram defender a amiga e ele acabou batendo nelas”, conta Priscila Mendes de Lima, de 22 anos, e irmã do desaparecido.
Após a confusão dentro da escola, o casal, que namora há cerca de três anos, e que iniciou a briga, foi suspenso. No dia seguinte, entretanto, ambos retornaram para a escola, mas não chegaram a entrar. “A namorada dele disse que viu ele lá na frente, tentando fazer uma ligação e depois ele sumiu”, relata a irmã. Outras testemunhas contaram para os familiares que alguns homens o teriam abordado, próximo a escola e o forçado a entrar em um carro.
A tia, Lindamar Mendes de Lima, de 37 anos, tem esperança de encontrá-lo ainda com vida. “Nós suspeitamos que o desaparecimento tenha a ver com a briga que ocorreu dentro da escola, por vingança. Eles podem estar segurando ele em algum lugar, torturando ele. Só queremos que o libertem, da forma como ele estiver”, comenta, aflita.
Buscas
São mais de 30 pessoas, entre familiares e amigos, que se dividem, diariamente, e buscam a localização de Robson. Os grupos percorrem os matos do município e da região, parando, somente, para as refeições e um rápido descanso. A irmã diz já ter percorrido quase todo o município, começando pelo bairro Operária, passando pela Roselândia, Bosque da Lucas Araújo e Estrada Trâsbrasiliana. O grupo, desesperado, procurou, inclusive, em Ernestina.
A mãe não conseguiu participar das buscas durante a tarde de quinta-feira, pois já estava sem forças. Priscila, relata que ao chegar o fim da tarde, o desespero aumenta e o medo quase sufoca, ao pensar que o irmão pode estar vivo, em algum lugar e sem recursos. “Nós ficamos sabendo que ele havia sumido perto das 22h, quando os amigos começaram a pedir por ele, pois tentavam falar com ele e não conseguiam”, comenta. Depois desse horário, a procura pelo familiar não teve mais fim.
O telefone celular do jovem está desligado. O contato não foi mais possível. Na mesma noite, a família registrou o desaparecimento e a equipe da Delegacia Especializada em Homicídios e Desaparecidos (DEHD) iniciou as investigações. A polícia preferiu não se manifestar a respeito do caso, mas ouve testemunhas e realiza buscas diárias. Segundo a família, os agentes responsáveis pela investigação, alertaram para que se preparassem para o pior. “Mas nós ainda temos esperança”, conclui a tia.
Qualquer informação sobre o paradeiro do jovem, entrar em contato com os familiares pelos fones (54) 9218-2002 ou (54) 9148-7832. Se preferir, pode entrar em contato diretamente com a Polícia Civil pelo fone (54) 3311-9300.