A delegada Caroline Bamberg Machado, revelou na Delegacia Regional de Polícia em Três Passos que cerca de 80% da investigação sobre o caso da morte do menino Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, está praticamente concluído. Ela disse no entanto, que poderá pedir a prorrogação do prazo de 30 dias para a conclusão do inquérito. Desta forma, poderá também pedir a prorrogação da prisão provisória do médico Leandro Boldrini, da madrasta do menino, Graciele Ugulini e da amiga do casal Edelvânia Wirganovicz.
De acordo com a delegada, o procedimento poderá atrasar, em função das perícias que ainda estão faltam ser concluídas. Quanto ao resultado das pericias, explicou que o Instituto Geral de Perícias ainda não tem previsão para fornecer os resultados dos exames que devem apontar se a criança foi mesmo vítima de uma injeção letal, entre outros detalhes que faltam ser apurados.
Ela reafirmou que não tem dúvidas da participação das três pessoas que estão presas, na morte de Bernardo. No entanto, disse que não pode revelar quais provas possui para isto, para não prejudicar a investigação. Sobre as colocações do advogado de defesa do médico Leandro, de que ele ficou abalado quando soube da morte do menino, ela se referiu desta forma. “Não foi esta a reação dele quando eu dei voz de prisão ao casal, uma vez que ele agiu com total frieza, ficando, no momento, mais preocupado com o fato de saber se a mídia estaria sabendo de tudo”, enfatizou a delegada.
Sobre a situação divulgada pelo advogado de defesa, de que seu cliente estaria se colocando a disposição para quebra do sigilo fiscal e telefônico, a delegada afirmou que mesmo se ele não se manifestasse desta forma, ela pediria via judicial esta quebra. Sobre esta situação, acrescentou que não muda nada na investigação. “Os advogados tem direito de falar o que quiserem para defender os seus clientes, mas não vou mudar minha linha de investigação e todos os depoimentos realizados até agora estão sendo válidos no inquérito. Não vou entrar em discussão com os advogados, pois este é um direito deles”, frisou a delegada