Responsabilidade da segurança da Copa não é do município

A afirmação foi feita na sexta-feira pelo prefeito Luciano Azevedo, durante reunião com entidades de classe e lideranças comunitárias

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Encontro discutiu soluções para a redução do policiamentoEncontro discutiu soluções para a redução do policiamento
Encontro discutiu soluções para a redução do policiamento
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A responsabilidade de garantir a segurança durante os dias em que serão realizados os jogos da Copa do Mundo é do governo do Estado e não do município. A afirmação foi feita na sexta-feira de manhã pelo prefeito Luciano Azevedo, durante reunião com representantes do Legislativo, do Executivo, da Polícia Civil e das associações de moradores.

Do efetivo de policiais que atuam no município deverão ser enviados a Porto Alegre todos os integrantes do Pelotão de Operações Especiais e do Pelotão Hipo, pertencentes ao 3° RPMon, além de grande parte do efetivo do 3° Batalhão de Operações Especiais, que deverá manter na cidade apenas um pequeno contingente para questões administrativas. A princípio, não está definido o contingente que será enviado à Capital a partir do dia 20 de maio, mas, segundo a Brigada Militar, existe, sim, a possibilidade de todo o efetivo de operações especiais atuante no município seja convocado para se apresentar em Porto Alegre a partir da data estipulada.

O comandante do 3° RPMon, tenente coronel Fernando Carlos Bicca, afirmou que eventualmente a Brigada Militar poderá encontrar algumas dificuldades nos 45 dias em que os policiais estiverem na Capital, mas que medidas pontuais serão tomadas para que este impacto seja minimizado. “Uma destas ações é a mudança na forma de atuação do nosso policial e solicitando ao nosso Comando Geral que aumente a nossa cota de horas extras. A população não ficará desassistida, os serviços essenciais serão mantidos e a segurança da população será garantida”, disse.

Durante o encontro, os representantes das entidades ligadas ao comércio manifestaram a preocupação pela redução do número de policiais na cidade. Para o vereador Márcio Patussi (PDT), que também participou do encontro, a medida da remoção dos policiais causa preocupação na população. “Nós somos contrários a esta retirada dos policiais da cidade. Passo Fundo não é uma cidade tranquila, temos índices preocupantes, tanto é que recebemos recentemente uma delegacia de homicídios porque somos o oitavo município em homicídios no Estado e isto preocupa. Não concordamos com esta remoção dos policiais até porque não há uma alternativa que amenize a saída do policiamento”, afirmou.

Já o vereador Alex Necker (PC do B) acredita que a Copa do Mundo pode colocar o Brasil em outro patamar, mas que a segurança fora das sedes dos jogos não deve ser deixada de lado. “Não podemos penalizar uma comunidade com o deslocamento de efetivo de segurança para atender a Copa do Mundo descuidando da cidade. Acredito que esta manifestação é legítima e o Governo do Estado está desafiado a encontrar uma alternativa para garantir a segurança na Região Metropolitana, em Porto Alegre, durante a Copa do Mundo, mas mantendo a segurança na cidade de Passo Fundo”, declarou.

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