A morte de dois apenados do regime semiaberto, que morreram após uma tentativa de assalto a um policial militar será investigada pela Polícia Civil. Maurício Marcello e Eduardo Dinovan da Rosa eram apenados do regime semi aberto do Presídio Regional de Passo Fundo e renderam o policial quando ele saía de uma pizzaria no bairro Petrópolis na noite de sábado(26).
A vítima foi colocada dentro do próprio carro pelos assaltantes que o identificaram como policial militar ao mexerem em sua carteira. A vítima foi obrigada a entregar a arma funcional aos criminosos, mas manteve uma outra arma e aproveitou-se de um descuido dos criminosos e atirou contra eles. De acordo com o tenente coronel Fernando Carlos Bicca, comandante do 3° RPMon, a Brigada Militar deverá colaborar com a Polícia Civil para a condução do inquérito polical. “Como é um crime comum, será de responsabilidade da Polícia Civil. Nós vamos colaborar para que isto seja apurado de forma isenta e rápida”, afirmou.
Também segundo Bicca, o policial somente reagiu por ter treinamento para estas situações. “Ele estava em uma situação de limite, se não reagisse, seria morto. A partir do momento em que foi identificado como policial ele teve a certeza de que seria morto”, afirmou. O comandante do 3° RPMon afirmou que o policial terá um acompanhamento dos oficiais para que aos poucos possa voltar a realizar suas atividades. “Isto pode ocasionar um trauma. Em primeiro lugar temos o acompanhamento dos comandantes imediatos, o comandante dele esteve, já no local do fato logo após o episódio dando suporte. Conversamos com ele hoje (ontem) e o policial também terá o apoio dos oficiais de serviço para que possa dar continuidade à sua vida com o menor transtorno possível”, declarou.
Ainda de acordo com o comandante do 3° RPMon, atualmente, a Brigada Militar não conta com psicólogos em seus quadros, o que seria uma necessidade. “Diante de um evento traumático, as pessoas podem reagir de várias maneiras e o psicólogo poderia dar o suporte necessário para que a pessoa possa exercer suas atividades e lidar com isto de uma forma menos traumática”, frisou.