Dívida pública federal aumenta

Acréscimo foi de 0,64% em março. Dívida está em R$ 2,08 trilhões

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O estoque da Dívida Pública Federal (DPF) aumentou 0,64% em termos nominais em março, passando de R$ 2,067 trilhões no mês anterior para R$ 2,08 trilhões, conforme divulgado pela Secretaria do Tesouro Nacional, nesta segunda-feira (28/3). Fernando Garrido, coordenador- geral de Operações da Dívida Pública, destacou o interesse dos investidores pela emissão recorde de títulos em ofertas públicas ocorrida no mês, que alcançou R$ 57,9 bilhões.

“Boa parte da demanda por títulos deveu-se ao fato de os investidores considerarem o momento atraente para a compra e a perspectiva de que o ciclo de alta das taxas está próximo do fim”, observou Garrido. Ele explicou que houve também forte concentração de resgate de LFTs em março, como acontece com esses papéis normalmente em fechamento de trimestre. O recorde de emissão anterior aconteceu em setembro do ano passado, com R$ 52 bilhões.

A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) teve seu estoque aumentado em 0,77% passando de R$ 1,974 trilhões para R$ 1,99 trilhões. Houve resgate líquido de R$ 3,21 bilhões e apropriação positiva de juros no montante de R$ 18,50 bilhões. Com relação ao estoque da Dívida Pública federal externa (DPFe), houve redução de 2,11% em relação à fevereiro, encerrando março em R$ 90,51bilhões (US$ 39,99 bilhões), sendo R$ 80,66 bilhões (US$ 35,64 bilhões) referentes à dívida mobiliária e R$ 9,85 bilhões (US$ 4,35 bilhões), à dívida contratual. 

Taxas menores

Leilão de LTNs realizado no último dia 6, com vencimento para janeiro de 2018, foi de 12,66% ao ano. Na semana passada, a taxa caiu para 12,49%. Nos leilões de títulos remunerados pela inflação, as taxas também caíram. No começo do ano, a rentabilidade era em torno de 6,8% ou 6,9%. Agora, a taxa está em 6,5% ou 6,6% nos papéis com vencimentos mais longos. O prazo médio da DPMFi ampliou-se, ao passar de 4,24 anos para 4,3 anos.

Detentores dos títulos

As instituições financeiras aumentaram sua participação entre os detentores da DPMFi, passando de 28,9% do mês anterior para 29,6%. Os fundos de investimentos mudaram sua posição de 21,67% para 20,94%. Já, a Previdência apresentou ligeiro aumento de 16,99% para 17,10% e entre os não residentes, a alteração foi de 17,38% para 17,28%. Os não-residentes possuem 82,8% de sua carteira em títulos prefixados, enquanto a carteira da Previdência é composta de 73,6% de títulos vinculados a índices de preços.

Tesouro Direto

Apesar do crescimento dos investimentos por meio do Tesouro Direto, que em fins de março alcançou 392 mil aplicadores cadastrados, aproximando-se dos 400 mil, Garrido enfatizou que ainda há espaço grande para crescer. As emissões, no mês, foram de R$ 457,58 milhões, enquanto os resgates corresponderam a R$ 170,62 milhões, o que resultou em emissão líquida de R$ 286,96 milhões. O estoque do Tesouro Direto alcançou R$ 12,328 bilhões, com acréscimo de 3,54% em relação ao mês anterior. 

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