A Delegacia Especializada em Furtos Roubos Entorpecentes e Capturas (Defrec), investiga a origem dos explosivos encontrados no final da tarde desta terça-feira (06), na rua Eduardo de Britto, bairro Vergueiro, em uma casa utilizada para esconder objetos roubados e armas utilizadas nos crimes.
Segundo o delegado titular, Adroaldo Schenkel, a forma como os explosivos estavam condicionados, um com duas bananas de dinamite e outro com três, ambos já com o pavio, indica que seriam utilizados para uma explosão de grande proporção. “Nós não podemos dizer, entretanto, para qual fim seriam usados, já que não sabemos se quem iria utilizar os artefatos faz ideia do potencial que tinha em mãos”, explica.
Schenkel acrescenta ainda, que não esperavam encontrar os explosivos no endereço, já que a região de Passo Fundo não apresenta histórico de utilização de explosivos em roubos. Os artefatos apreendidos são utilizados, normalmente, para explodir caixas eletrônicos, cofres, carros-fortes e, até mesmo, muros do presídio.
Segundo o delegado, as investigações seguem em todas as linhas. “Não podemos descartar as possibilidades, mas acreditamos que os explosivos estão ligados a essa quadrilha que pratica roubos de veículos, estabelecimentos comerciais e residências”, diz.
Tentativa de resgate
Há pouco mais de dois anos, explosivos foram utilizados em uma tentativa de derrubar o muro da casa prisional do município, a fim de resgatar um apenado.
No dia 23 de dezembro de 2011, bandidos executaram uma ação ousada durante na Rua Adrianópolis no bairro São Luiz Gonzaga, fundos do Presídio Regional de Passo Fundo. O artefato explosivo foi armado no cano que dá vazão à água de dentro para fora da casa prisional na tentativa de derrubar ou abrir um buraco no muro para que algum apenado pudesse fugir.
O ato foi uma tentativa de resgatar três presos trazidos para Passo Fundo após uma tentativa de fuga em massa no Presídio de Santa Cruz do Sul. A explosão ocorreu e os danos só não foram maiores devido à atuação de uma guarnição da Brigada Militar que realizava patrulhamento de rotina e, ao passar pelo local, percebeu a fumaça do pavio do artefato colocado pelos criminosos.
Os policiais, percebendo a gravidade da situação passaram a arremessar pedras contra o artefato enquanto o pavio ainda não havia queimado por completo e havia uma margem de segurança. Com as pedras arremessadas pelos policiais o explosivo quebrou-se ao meio, o que reduziu o impacto da explosão.