Polícia Federal prende cinco índios em Faxinalzinho

Ação foi desencadeada no momento que em se realizava uma reunião para buscar solução ao conflito

Por
· 1 min de leitura
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

A Polícia Federal prendeu na tarde de sexta-feira, cinco índios suspeitos de envolvimento nas mortes dos irmãos Anderson de Souza, 27 anos, e Alcemar de Souza, 36. O crime aconteceu dia 28 de maio, no município de Faxinalzinho. Outros dois indígenas suspeitos foram detidos. Com prisão temporária decretada pela Justiça de Erechim, o grupo foi conduzido para a Delegacia da Polícia Federal. Posteriormente seria levado para a Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas. 

A operação aconteceu no momento em que lideranças indígenas, agricultores, representantes do Ministério da Justiça, Ministério Público e representantes do governo do estado, participavam de um encontro de conciliação sobre o conflito agrário em Faxinalzinho. Logo após as prisões, o clima ficou ainda mais tenso na cidade. O prefeito de Faxinalzinho, Selso Pelin disse que a ação da polícia surpreendeu a todos. “As prisões foram feitas no meio da reunião. Parou tudo e não houve definições. No início, os ânimos se acirraram um pouco devido a situação, mas está tudo sob controle. A Brigada Militar está trabalhando para manter a segurança na cidade”, declarou. O comércio fechou as portas.

Chefe da delegacia da PF em Passo Fundo, o delegado Mauro Vinícius Soares de Moraes afirmou que as prisões não têm relação nenhuma com a questão agrária, apenas com o inquérito instaurado pela PF para investigar o assassinato dos dois irmãos. “Mandado de prisão não se discute, se cumpre. Tínhamos obrigação de cumprir os oito mandados e assim o fizemos. Qualquer decisão contrária seria prevaricação. A operação contou com a participação de 50 policiais, entre eles, o chefe de Serviço de Repressão a Crimes Contra as Comunidades Indígenas, Luiz Carlos Porto.

Responsável pelo inquérito que investiga o crime, o delegado Mário Luiz Vieira também enfatizou que a ação não tem relação com o processo de demarcação das terras em Faxinalzinho. “Nosso foco é o duplo homicídio. Os suspeitos saíram em seis carros do acampamento e mataram os dois irmãos. Trata-se de um duplo homicídio qualificado. As investigações prosseguem” afirmou. 

Confira vídeos e mais fotos na nossa página no Facebook

Matéria atualizada às 20h17

Gostou? Compartilhe