Comunidade pede socorro

Moradores do bairro Planaltina, já exaustos de ter suas moradias arrombadas e objetos furtados, e com medo das ameaças que sofrem, dizem não saber mais para quem pedir ajuda

Por
· 2 min de leitura
Se o apartamento não funcionar como refúgio, usuário se esconde no mato lateral ao condomínioSe o apartamento não funcionar como refúgio, usuário se esconde no mato lateral ao condomínio
Se o apartamento não funcionar como refúgio, usuário se esconde no mato lateral ao condomínio
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

São inúmeros os relatos de preocupação, medo e até mesmo revolta, em relação a um morador do bairro Planaltina e usuário de drogas, por parte da comunidade que vive no local. O homem, segundo os populares, é atrevido e realiza roubos, furtos e ameaças, sem temer represálias da população ou da polícia. Os moradores do bairro, que preferem não se identificar, contam que todas as medidas que estão ao alcance dos mesmos para tentar afastar o homem, considerado por eles perigoso, já foram tomadas. “Ele é usuário de drogas e já foi preso várias vezes. Ontem mesmo (terça-feira), esfaqueou um homem aqui no mato ao lado do apartamento onde mora. Ele foi preso, mas hoje já estava aqui de novo, solto”, conta uma vizinha.

O usuário mora junto com a mãe e o irmão – que é apontado como baderneiro –,  em um dos apartamentos do FAR Planaltina II, e passa boa parte do tempo fora de casa. Entretanto, quando retorna, amedronta todos os demais que residem do local. O sindico, Igor Manoel Albrecht, relata que não vê outra solução, senão a de obrigar a família a sair do endereço. “Ele está transtornando. Nós não sabemos mais o que fazer. Os moradores já estão querendo fazer justiça com as próprias mãos aqui dentro”, diz.

A tensão vivida pela comunidade, vai além. Os acertos de conta das confusões e dívidas que faz longe de casa, ocorrem, com frequência, próximo ao endereço onde mora. “Ele coloca todo mundo em risco, pois ele apronta e depois se refugia aqui no FAR”, relata uma moradora. “Hoje veio um cara atrás dele, com um facão. Ele correu pra dentro do pátio e pegou uma criança no colo, para se salvar. Se o homem estivesse com um revólver e atirasse, todos nós correríamos risco”, diz a mulher.

As famílias que moram no FAR procuram não deixar os apartamentos sozinhos, pois o histórico de arrombamento no condomínio, é grande. Celulares, notebooks, tablets e outros objetos maiores já foram furtados de dentro das moradias, em dias  e horários distintos, mas pelo mesmo suspeito, vizinho das vítimas. “Não temos o que fazer. Esperamos que alguém possa nos ajudar de alguma forma. Se ele não ficar preso, que pelo menos seja retirado daqui, por que não conseguimos mais viver em paz”, conclui o síndico.

Escola

O apartamento onde o usuário mora, fica localizado na rua Dolores Torriani, em frente à Escola Estadual de Educação Básica Monteiro Lobato. Além dos crimes que comete dentro do condomínio e no bairro, em geral, o homem foi flagrado roubando o celular de um aluno, dentro do educandário. A diretora, Realda Fante Viapiana, diz que fazem dias que ele circula a escola e cuida os alunos. “Mas foi na segunda-feira, que ele teve a atitude mais audaciosa. Entrou dentro do pátio, no horário de chegada dos alunos da tarde, tomou o celular de um deles”, conta.

Semcas

O Secretario de Cidadania e Assistência Social, Saul Spinelli, informou que nesse caso a comunidade pode entrar em contato com a Secretaria ou com o próprio Centro de Referência de Assistência Social (Cras), instalado no bairro Planaltina. A partir da solicitação, a Semcas realiza o encaminhamento do usuário ao CREAS e ao CRAS. As equipes técnicas, que conta com psicólogos e assistentes sociais, realizam a visita à família ou responsável do usuário e orientam a internação. “Se o usuário aceita a internação, que é o ideal e sempre a primeira opção, nós realizamos o encaminhamento a uma das clínicas terapêuticas. Caso não aceite, entramos com uma intervenção judicial e, por meio de processo, realizamos a internação compulsória. A comunidade pode entrar em contato com a Semcas pelo telefone (54) 3312-3070.

 

Gostou? Compartilhe