Entre os maiores índices de mortes no trânsito

Passo Fundo aparece no relatório do Mapa da Violência 2014 como o 79° em mortes de jovens por acidente de trânsito em cidades com mais de 20 mil habitantes

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Divulgado na última semana, o Mapa da Violência 2014, elaborado pelo Centro Brasileiro de Estudos Latino Americanos e a pela Faculdade de Estudos Latino Americanos (Flacso), órgão da Unesco analisa as mortes violentas ocorridas no Brasil. O estudo mais recente aborda os dados referentes ao ano de 2012.

Passo Fundo figura em pelo menos um tópico específico, que faz referências às mortes violentas em acidentes de transporte. O município aparece na 79ª posição no índice de mortes de jovens com idades entre 15 e 29 anos no trânsito entre as cidades com mais de 20 mil habitantes em todo o País. No índice dos acidentes com morte, sem a classificação pela faixa etária, Passo Fundo figura em 72° lugar. Estes dados são referentes ao período de 2008 a 2012. Em ambos os casos, a pesquisa trabalhou com os 80 municípios dentro destas características que tiveram o maior número de ocorrências desta natureza.

Ao todo, no período analisado as mortes no trânsito em Passo Fundo atingiram 58,2 óbitos para cada 100 mil habitantes. Quanto aos jovens, o índice é de 46,6 para cada 100 mil pessoas com idades entre 15 e 29 anos. A média nacional geral é de 19,7 mortes para cada 100 mil pessoas. O Brasil ocupa a quarta posição no mundo em relação aos acidentes de trânsito.

Passo Fundo já registrou 21mortes este ano

O ano de 2014 tem sido atípico no trânsito do município em relação às mortes no trânsito. Somente nos seis primeiros meses até ontem (quarta-feira), 19 pessoas haviam morrido em acidentes dentro do perímetro urbano ou em trechos de rodovias pertencentes dentro da área do município.

Segundo Ruberson Stieven, chefe da Guarda Municipal de Trânsito são vários fatores que influem no aumento destes índices. “De sete, oito anos para cá, a frota de veículos em Passo Fundo praticamente dobrou. Isto, somado à imprudência dos condutores, falta de direção defensiva, resulta no aumento destes índices”, explicou.

Ainda conforme Stieven, o grande número de motocicletas circulando na cidade também é um fator de risco para o aumento das mortes no trânsito de Passo Fundo, uma vez que este tipo de veículo corresponde a 16% do total de veículos regulares trafegando nas ruas. “Os acidentes com motocicleta é uma ocorrência mais propensa a lesões graves e até mesmo a morte. Deveríamos ter mais cuidado para evitar este tipo de situação”, afirmou.

Quanto às mortes na faixa etária dos 15 aos 29, os índices permanecem altos em todo o País e Passo fundo vem seguindo esta tendência. “Em relação aos jovens, a imprudência é muito mais presente. Muitos jovens estão trafegando sem ao menos possuírem Carteira Nacional de Habilitação. A falta de experiência e de controle do próprio veículo influi para que ocorra um acidente. Além disto, boa parte dos acidentes com mortes ocorrem durante a madrugada e aos finais de semana. é o horário em que o jovem está na rua, se divertindo e muitas vezes acaba consumido bebida alcoólica e sai conduzindo o veículo e por descuido ou imprudência, acaba se envolvendo em acidentes graves”, disse Stieven.

Para o chefe da Guarda Municipal de Trânsito, atualmente existem mecanismos que podem, se não resolver a questão definitivamente, ao menos a reduzir o impacto causado por estes acidentes. “Temos a fiscalização, através da Operação Balada Segura aos finais de semana e durante a semana também. O caminho é a conscientização dos condutores, que estão colocando a própria vida e de outros em risco. Tem de começar com cada um zelando pela própria segurança no trânsito, não esperar que a fiscalização sozinha tome a iniciativa. As pessoas precisam ter controle sobre os seus atos no trânsito”, concluiu.   

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