CPI das catracas: Informações da polícia serão confrontadas com sindicância

Direção adotou outros procedimentos para estancar a fraude

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Responsável pela denúncia da fraude nas catracas dos ônibus, o diretor da Codepas, Tadeu Karczeski pretende confrontar as informações obtidas pela polícia com a sindicância da empresa, aberta em março do ano passado. Até ontem à tarde, ele não havia recebido a relação dos nove indiciados no inquérito. Segundo informou o delegado Belcamino, são todos ex-funcionários. “Vamos analisar para saber se bate com os nomes apurados em nossa sindicância. Se tiver alguém ainda trabalhando conosco, poderá sofrer advertência, suspensão ou demissão, o que é mais comum nestes casos” adiantou.

Além de denunciar o caso, a direção adotou outros procedimentos para estancar a fraude. Uma delas foi a presença constante de fiscais nos coletivos. Desde que o caso veio à tona, apenas três lacres das catracas foram rompidos, todos eles comprovadamente por problemas técnicos. “Antes das denúncias a média era de 3 a 4 por dia para burlar o registro do número de passageiros” afirmou.

CPI não avançou

Em junho deste ano, a Câmara de Vereadores de Passo Fundo chegou a protocolar o requerimento solicitando a abertura de uma CPI da Codepas. A intenção do legislativo era apurar denúncias de irregularidade, relativas ao sucateamento dos ônibus, situação da oficina mecânica, entrega de linhas para a iniciativa privada, falta de substituição de ônibus quando apresentam problemas mecânicos, e, principalmente a fraude nas catracas. A situação foi levada aos vereadores pelos próprios funcionários da empresa durante uma audiência realizada pela Comissão de Educação e Bem Estar e Social (Cebes). O documento para instalação da CPI chegou a contar com sete assinaturas, seis deles da bancada de oposição e apenas uma da base governista. No entanto, a CPI não chegou a ser instalada.

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