Cinco testemunhas arroladas pelas defesas dos réus no processo criminal que apura o incêndio na boate Kiss, em Santa Maria deverão ser ouvidas na próxima quinta-feira (2). As audiências são realizadas no Foro da Comarca de Santa Maria. Ao todo, 55 testemunhas arroladas pelas defesas dos réus devem prestar depoimento. Dessas, 46 em Santa Maria e as demais, ouvidas por meio de carta precatória (em Foros de outras Comarcas).
O processo criminal que apura o incêndio na Kiss está na fase de instrução, ou seja, produção de provas e oitiva de testemunhas. Até o momento, o Juiz Ulysses Louzada ouviu 114 sobreviventes (sendo que 100 foram ouvidas em Santa Maria, 11 em precatórias no Estado e três fora do RS) e 16 testemunhas arroladas pelo Ministério Público.
Após o depoimento de todas as testemunhas apontadas pela acusação e defesa, serão ouvidos os peritos. Antes, porém, o magistrado poderá ouvir outras pessoas referidas (inclusive já requeridas pelas partes) para, então, após passada a fase de realização de alguma diligência, interrogar os acusados.
O Ministério Público (MP) Estadual acusa os sócios da danceteria, Elissandro Callegaro Spohr e Mauro Londero Hoffmann, e os músicos da Banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Augusto Bonilha Leão de homicídio tentado e consumado. O grupo se apresentava no palco da boate no momento em que o fogo começou, na madrugada de 27/1/13. A suspeita é de que o artefato pirotécnico utilizado tenha entrado em contato com a espuma do teto do local e sido a causa do fogo.
Os réus tiveram a prisão temporária decretada em 31de janeiro de 2013 e a preventiva em março do mesmo ano. Em maio do ano passado, a 1ª Câmara Criminal do TJRS revogou a prisão e os quatro passaram a responder à Justiça em liberdade.
