Acompanhado de um advogado, o autor do último homicídio registrado no município, se apresentou na delegacia durante a manhã de sábado e revelou a motivação do crime. O homem, de 56 anos, desferiu um tiro que matou Adilson Ribeiro de Aguiar, 26 anos, durante a madrugada da última sexta-feira (10), na Vila Ipiranga.
Segundo o chefe de investigações da Delegacia Especializada em Homicídios e Desaparecidos (DEHD), Volmar Menegon, a versão que o, até então, suspeito apresentou, diverge da que foi registrada em ocorrência policial. “Ele negou ter cometido o crime por ciúmes da companheira e disse que somente disparou o tiro contra a vítima, em defesa do filho”, diz. Em depoimento, o autor admitiu a autoria e contou que a mulher e o filho haviam saído para beber em um bar e, por volta das 2h, quando retornaram, ele ouviu gritos de socorro.
Como reconheceu a voz do filho, pegou a arma que possuía e saiu para fora de casa, momento em que viu o filho sendo agredido por Aguiar. “Conta ele, que pediu para o agressor soltar o filho até que o homem obedeceu, partindo para cima dele, na tentativa de pegar a arma. Ele, portanto, atirou. Quando viu o sangue, fugiu”, relata.
O homem ficou escondido em um mato até o sábado de manhã, quando procurou o advogado e foi até a delegacia. Sobre a arma, um revólver calibre 38, cromado, que foi herdado do pai, afirmou tê-lo dispensado em uma sanga. Segundo Menegon, tanto o filho como a companheira, confirmaram a versão dele. “Agora vamos ouvir outras testemunhas para confirmarmos qual das versões é a verdadeira e, em seguida, indiciá-lo”, completa.
Relembre
Adilson Ribeiro de Aguiar, 26 anos, foi assassinado durante a madrugada de sexta-feira (10), na Vila Ipiranga. A vítima teria dado carona a uma mulher e o filho dela, quando foi surpreendida pelo marido da mulher. Em boletim de ocorrência, consta que após uma discussão, por ciúmes da mulher, o autor efetuou um disparo de arma de fogo, que Aguiar no tórax. A vítima foi socorrida, mas não resistiu e morreu por volta das 3h50.