A Brigada Militar prendeu dois homens no início da noite de quarta-feira (19), na rua General Osório, Morada da Colina, por tráfico de drogas. A dupla tripulava uma motocicleta, em atitude suspeita na Vila Luíza, quando uma guarnição realizou a abordagem. Os homens desobedeceram a ordem dos policiais e fugiram.
A viatura iniciou a perseguição até o endereço onde foram detidos, depois que o condutor da motocicleta perdeu o controle da direção e caiu com o veículo. A dupla, um homem mais jovem, de 21 anos, e o vulgo “Pulga”, de 40, foram submetidos a revista pessoal, assim que presos. No bolso de um deles, estava um tijolo de maconha que pesava quase 600 gramas.
O homem alegou que havia comprado a droga pouco antes da abordagem, e que tinha pagado R$ 100 pelo meio quilo do entorpecente, no Parque da Gare. Já o condutor da moto relatou que estava dando uma carona para o amigo. Ambos foram conduzidos até a Delegacia de Pronto Atendimento da Polícia Civil, onde foram indiciados por tráfico de drogas. Em seguida, foram recolhidos ao Presídio Regional de Passo Fundo.
Mais posse, menos tráfico
Os números divulgados pela Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul, apontaram um aumento na posse de entorpecentes e uma redução no tráfico de drogas. De acordo com o comandante do 3o RPMon, tenetnte coronel Fernando Carlos Bicca, a diminuição do tráfico de drogas ocorre em decorrência da interpretação que as autoridades – Polícia Civil e Poder Judiciário – dão a esse tipo de crime. “O que antigamente se caracterizava como tráfico de drogas, hoje, na maioria das vezes, caracteriza-se como posse”, diz. Conforme Bicca, existe uma corrente de legisladores que pretendem mudar a legislação e estabelecer quantidade mínima para caracterizar o tráfico, “ou seja, se alguém for pego com uma quantidade abaixo da estabelecida, vai ser enquadrado somente por posse. Isso quer dizer que não vamos prender mais ninguém por tráfico de drogas, a não ser o grande traficante”, explana.
Conforme o subcomandante do Regimento, Major Eriberto Branco, a preocupação da Brigada Militar tanto referente à legislação, quanto as interpretações das autoridades, se deve a venda de drogas em frente as escolas. “A gente pega um homem com quatro cigarros de maconha no local e temos certeza que ele foi vender para os alunos, porém, não se caracteriza como tráfico, porque a quantidade não é suficiente”, conclui.