Na última semana a Brigada Militar apreendeu sete armas de fogo com procedência ilegal durante abordagens e prisões em flagrante. Foram seis revólveres de diferentes calibres, além de uma garrucha, na posse de pessoas que cometeram assaltos ou que já tem antecedentes por roubo. Um número preocupante, segundo o comandante do 3o RPMon, Tenente Coronel Fernando Carlos Bicca.
Bicca esclarece que armas em circulação, em sua maioria, estão fora do estatuto da Lei de Desarmamento. “Geralmente apreendemos armas importadas de outros países e, muitas vezes, armas de uso restrito de exércitos de fora do Brasil. Em sua maioria, elas são contrabandeadas de modo que não conseguimos ter um efetivo controle do armamento que existe nas ruas”, afirma.
Ainda, conforme o comandante, eventualmente são recuperadas armas que foram furtadas ou roubadas. “As vezes um cidadão comum adquire uma arma e não consegue obter o registro dela. Se a arma é furtada ou roubada, o proprietário nem faz o boletim de ocorrência, pois também estava cometendo um delito, portava uma arma ilegal em casa”, comenta.
Outra situação que existe, segundo o tenente coronel, é do aluguel de armas, ou seja, a facilidade com que criminosos obtêm as armas pode estar ligada aos grupos que as alugam. “Temos pessoas que se especializam nesse esquema. Eles adquirem armas por meio do contrabando e alugam para os marginais, quando eles precisam delas para cometer crimes”, explica.
Mais apreensões, menos assaltos
Para o comandante, embora o número de armas que estão em circulação seja preocupante, o número de apreensões deve ser comemorado. “Acredito que podemos diminuir consideravelmente os roubos em nosso município, se tirarmos boa parte dessas armas das mãos dos criminosos, pois elas são vistas, com frequência muito grande, nos assaltos”, salienta.