Menino ferido por bala deve passar por cirurgia

Criança de oito anos estava dormindo quando foi ferido de raspão

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Bala passou pelo telhado de amianto e forro de PVC antes de atingir o menino na camaBala passou pelo telhado de amianto e forro de PVC antes de atingir o menino na cama
Bala passou pelo telhado de amianto e forro de PVC antes de atingir o menino na cama
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O menino de oito anos, ferido por uma bala perdida na noite passada, quando dormia em seu quarto, deverá passar por uma cirurgia no Hospital São Vicente de Paulo. O projétil, provavelmente de uma pistola 9 milímetros, perfurou o telhado e o forro do quarto e atingiu de raspão a cabeça do menor. Segundo boletim médico, ele permanecia internado no Centro de Tratamento Intensivo (CTI), mas não corria risco de morte.

“Não se tem mais segurança nem mesmo dentro de casa” desabafou o pai do menor, Itamar Luis Ribeiro, 35 anos. Morador da residência nº 808, da rua Ludovido Della Mea, no bairro Vera Cruz, ele dormia em um dos quartos com a esposa e a filha de um ano e seis meses, quando por volta de 1hora, acordou com um forte estrondo na casa. Em seguida, escutou o choro do filho no quarto ao lado. “Fui correndo ver o que havia acontecido. Encontrei ele sangrando na cabeça. Fiquei desesperado. Perdi o chão. Corri imediatamente para o hospital” recorda.

Recomendado pelo médico que prestou atendimento ao menor, Ribeiro retornou para casa na tentativa de identificar o objeto que havia provocado o ferimento no filho. Para sua surpresa, encontrou o projétil de uma pistola sobre a cama. A bala perfurou o telhado de amianto seis milímetros, o forro de PVC, e, segundo Ribeiro, provocou uma fratura no lado direito da cabeça do menino. O projétil foi entregue na Delegacia de Pronto Atendimento da Polícia Civil durante o registro do Boletim de Ocorrência.

Preocupada com o estado do filho, a mãe, grávida de seis meses, passou mal e também teve de ser internada no Hospital São Vicente de Paulo. Com medo, o menino já comunicou aos pais que não pretende mais retornar para a mesma casa. A família reside no local há pouco mais de um ano. “Ele disse que não fica mais aqui. Amanhã mesmo vou começar a procurar outro lugar. Na noite de domingo, meu filho havia pedido uma três vezes para eu deitar com ele, se aceitasse eu poderia ter livrado ele”, desabafou o pai, que trabalha como carpinteiro.

O caso será investigado pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPPA). Os pais serão interrogados na próxima quarta-feira. “Vamos apurar as circunstâncias do fato. Quando chega o final de ano algumas pessoas têm o hábito de efetuar disparos para o alto. O projétil desce com a mesma intensidade de quando disparado e pode provocar situações como esta”, alerta o inspetor Rodrigo Cabral, da DPCA.



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